sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Com quase dois anos e um iPod Touch!

Visto que a Laurinha tem utilizado cada vez mais o meu iPod Touch 2G, resolvi comprar outro aparelho para mim e dar o iPod para ela.

Deixei no iPod somente as apps e os filminhos que ela mais gosta, para facilitar a interação dela. Com um ano e onze meses, a danadinha  já consegue ligar o iPod, desbloquear a tela e escolher a app ou o filminho que quer ver, como se fosse gente grande! Apesar de ser um aparelho meio caro e delicado, ele tem uma capinha de borracha que o envolve por inteiro, deixando somente a tela à mostra. Ou seja, se cair no chão, o risco de quebrar é mínimo. E até hoje ela nunca deixou cair!




Há várias apps gratuitas na Apple Store. Mas o problema dessas apps são os ads (propagandas)! A criança acaba clicando em um ad e a app se fecha para abrir o link no navegador. É muito chato! A Laurinha já percebeu esses casos e fecha o navegador quando este se abre, abrindo novamente a app que estava utilizando.

Ainda quanto à interação, é muito engraçadinho ver como ela pula de uma app para outra super rápido, à medida que vai enjoando (ou seja, em alguns segundos!) As que ela mais gosta hoje em dia são:

1- SoundTouch




Possui flashcards de animais domésticos, selvagens, aves, veículos, instrumentos e objetos de casa. Quando a criança escolhe uma figura de alguma categoria, uma foto do animal ou do objeto aparece, com um som característico. E cada figura possui variações. Por exemplo, ao clicar em um gato, a cada vez aparece um diferente e só depois de algumas vezes começa a repetir. Preço: $2,99.


2- Moon Secrets

É um áudio book animado e interativo que fala sobre a lua de forma poética, para crianças. A qualidade é muito boa. A música suave no fundo ajuda a relaxar antes de dormir. A Laurinha gosta bastante, principalmente de clicar sobre os objetos e fazê-los se moverem. Somente em inglês. Preço: $ 1,99.



3- Drum Meister Pro Lite

A Laurinha adora fazer batucada. Assim que mostrei o Drum Meister a ela já vi que adorou poder simular batucada no iPhone! Essa app mostra uma bateria completa para você tocar com a ponta dos dedos. Preço: Grátis.




4- Newton's Cradle

Simulador do pêndulo de Newton. A Laurinha adora ficar trocando os tipos de bolinhas e escolher uma de suas fotos para estampar as bolinhas, e faz isso com uma desenvoltura! O som da colisão entre as esferas muda de acordo com o tipo de esfera escolhida. E pode-se interagir com as esferas também. Preço: $0,99.




5- Kid Art

Quando mostrei essa app para a Laurinha ela logo se interessou, mas ainda não domina muito bem, pois os ícones são meio pequenos. Essa app permite que a criança escolha um tema, uma tela de fundo e comece a posicionar animais diversos na tela, criando uma cena. O efeito é bem legal. Também dá para rabiscar sobre a tela, completando o desenho. Preço: $ 0,99.




6- Talking Baby Hippo

No início ela não gostava muito, pois acho que tinha um pouco de medo. Mas hoje adora! É um bebê hipopótamo interativo. Você pode fazer cócegas nele, mandá-lo encher um balão, comer cenoura ou brincar com uma borboleta. Mas o mais legal é conversar com ele! O que você diz ele repete com uma vozinha bem engraçada e a Laura acha bem legal. Ela fica procurando assunto pra falar, querendo ouvi-lo repetir. Ela pergunta coisas a ele, aponta para objetos e diz o nome para ouvi-lo repetir, etc. No nosso caso, o iPod Touch não tem microfone nativo. Assim, eu utilizo um microfone que se pluga diretamente na saída do fone de ouvido. Preço: $0,99




Além dessas, ela ainda gosta de algumas com que costumava brincar há alguns meses. Mas prefere as novidades, claro!

Também gosta de ver o "Mother Goose Club" no iPod. São uns personagens bem divertidos que cantam diversas canções infantis em inglês (nursery rhymes). Os próprios personagens existem em algumas canções clássicas. Tem a Mary, de "Mary Mary Quite Contrary"; o Jack de "Jack be Nimble"; a Bo Beep de "Little Bo Peep" (aquela pastorinha de ovelhas do Toy Story); o Teddy de "Teddy Bear, Teddy Bear", que é uma musiquinha para pular corda; a Baa Baa Sheep, uma ovelha da música de mesmo nome; e o Eep, ao que parece o ratinho de "Hickory Dickory Dock". É super divertido para quem quer conhecer canções infantis estrangeiras!


Outra coisa que ela curte é assistir aos filminhos dos Backyardigans no iPod. O que ela mais gosta atualmente é daquele episódio "International Superspy": adora ver a Uniqua no papel de "Lady in Pink"!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Contando sementinhas

Brincando no parquinho, durante o passeio da tarde da Laura, ela ficou super interessada em brincar de contar sementes. Eu dizia: vamos dar duas/três/etc. sementes para a mamãe? E ela ia pondo as sementes enquanto eu ia contando. Se colocasse mais, eu dizia: ah, mais uma então? Agora a mamãe tem X sementes! Etc. Ela chegava a fazer aquela boquinha em forma de "u", mostrando grande concentracao.

Laura no parquinho

Enquanto isso, outros meninos, ambos de 3 anos, brincavam de super heróis. Mais cedo, um deles havia nos dito que estava aprendendo inglês na escola. É ótimo que os pais se preocupem tão cedo com o inglês. No nosso caso, para a Laurinha, aprender inglês está sendo um processo natural, pois desde que nasceu falamos em casa. Ela irá para a escola bilingue no mês que vem para aumentar seu tempo de exposição e interagir com outros falantes. Imaginamos que não terá dificuldades.

domingo, 23 de janeiro de 2011

O mundo de pernas pro ar

De tempos em tempos a Laurinha inventa alguma nova moda e começa a seguir. Por exemplo, há vários meses ela já vem querendo calçar todo sapato que vê pelo caminho, seja do papai ou da mamãe. Outra foi utilizar as camisas do papai como vestido, como no vídeo a seguir.


Também gosta de usar óculos, nem que sejam de natação!



O mais novo experimento é assistir TV de cabeça pra baixo! Sobe de frente no sofá, põe a cabeça no fundo do encosto e tenta jogar as pernas para cima.


No início ela só conseguia assistir por entre as próprias pernas e ficava nos pedindo para segurar suas pernas acima da cabeça. Mas agora ela já pula pra cima do sofá, põe a cabecinha no assento e joga as pernas pra cima, sobre o encosto. Fica assim alguns minutos, depois se cança e desce. Em seguida faz de novo...


Na verdade, tudo isso começou porque ela sempre gostou que a ajudássemos a dar cambalhotas. Hoje em dia já quase consegue, mas cai de lado! O mais perto que consegue chegar sozinha é ficar de cabeça pra baixo no sofá :-)

Ficamos sempre monitorando, sem impedi-la, pois queremos mais é que ela se exercite bastante e se desenvolva bem fisicamente. Mas uma hora dessas vamos nos distrair e ela vai rolar e cair no chão. Mas "faz parte", né? Além do mais, se cair no chão, o tapete deve amortecer um pouco a queda :-)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Vamos mergulhar? Nããão!!!

Faz uns meses que a Laurinha vem tentando moldar as aulas de natação ao seu estilo! Parece que, após um ano e meio na mesma turma, já não acha mais graça nas brincadeiras repetidas.

Na escola onde a Laura faz natação, a turma de "Bebê 1" inclui as crianças de 3 meses a 2 anos de idade. Ela está lá desde os 5 meses de idade e sempre gostou. Mas desde que fez um ano e 9 meses, começou a se rebelar na aula.

Timidez ou tédio?

Por exemplo, na primeira metade da aula, a professora e os pais, com seus bebês, fazem uma roda e cantam enquanto fazem diversos exercícios com seus bebês, como bater os braços e pernas, mergulhar, etc. Um belo dia Laurinha começou a não querer fazer parte da roda. Já havia um tempo que ela vinha mostrando certa ansiedade, o que podíamos notar quando bloqueava os ouvidos com os dedinhos. Depois começou a não querer fazer o mergulho vertical, em que o adulto afunda a criança na água e às vezes se afunda junto. Por fim, não quer mais nem participar da roda!

Ela tem preferido ficar sozinha segurando na barra. Provavelmente porque ali ela tem os movimentos livres e pode se deslocar sozinha ao longo da borda da piscina. Faz isso com toda a facilidade. Às vezes só usa uma das mãos para segurar a barra e outras chega a ficar de costas para a barra.

Há alguns dias a instrutora começou a fazer a transição da Laura para o Bebê 2. Primeiro participando de algumas brincadeiras com as crianças do Bebê 2. Agora, no meio da aula, ela já pula para o outro lado da piscina para ficar com as crianças daquela turma.

A primeira vez não foi lá essas coisas! Todas as crianças, inclusive as do processo de transição, faziam os pulos de uma plataforma a outra, pela água. Já ela não queria nem saber! Sempre que a instrutora brincava com ela e pedia, ela dizia um "Não!". A instrutora disse que é assim mesmo e que ao ver todo mundo fazer ela vai acabar fazendo. Mas nós achamos que ela é meio imatura ainda, pois não se comunica direito ainda com a professora. Acho que talvez mais um ou dois meses serão suficiente para ela ficar mais madura um pouco e perceber a importância de participar mais!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Meia noite, noite inteira...*

Uma noite ininterrupta de sono da Laurinha é algo para se registrar. Como contei em outras oportunidades, a partir dos 5 meses de idade, ela começou a dormir a noite inteira cada vez menos, até que o seu padrão de sono passou a ser o de acordar algumas vezes.

Pois na última noite foi assim: fizemos a rotina de sempre e 21:40 eu a pus no berço. Por volta da meia noite eu a ouvi conversando, mas quando cheguei no quarto, ela estava dormindo. Era um sonho. Quando acordei novamente, já passava das 5 da manhã e a Laurinha, nem sinal. Foi pouco antes da 7 da manhã que ela acordou. 9 horas direto!

Previsões? Nenhuma. Normalmente ela acorda 2 vezes. Na noite anterior a esta, talvez por conta do calor absurdo que fez, ela acordou nada menos que 4 vezes! (Quem sabe deixou a mamãe descansar mais um pouco para compensar, desta vez? ;-) Como estas coisas são progressivas, mas não são lineares, não dá pra dizer que este é o começo de uma nova fase.  A esperança é de que seja mais um sinal de que estamos no caminho para atingir a maturidade do sono.

*Sobre o título, é do refrão da música "Todas as noites", do Capital Inicial. A rotina da noite com a Laurinha sempre me lembrou este refrão!...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Viagem de Natal

Fomos passar o Natal de 2010 em Minas, como costumamos fazer todo ano. Sem a babá, viajamos no dia 22 de dezembro. Não estávamos muito preocupados com as possibilidades de caos aéreo, visto que estávamos indo em um dia relativamente tranquilo, no meio da semana, e às 10h da manhã.

Tudo correu bem até o momento em que, já na sala de embarque, ficamos sabendo que o vôo estava atrasado! Acabou pousando às 12h e saindo às 12:30. A Laurinha estava super tranquila no início, mas à medida em que o tempo foi passando e o horário da soneca dela foi chegando, ela foi ficando cada vez mais difícil. Chorou e reclamou até que a hora da decolagem. Depois se acalmou um pouco, assistindo a seus filminhos favoritos no iPod Touch. Quando pousou, enquanto estávamos dentro do avião, também chorou. Também não podemos recriminá-la, pois dá mesmo vontade de chorar ter que ficar esperando até poder sair daquela lata de sardinha e pisar no chão!

Os avós paternos, Antônio e Letícia, vieram nos pegar no aeroporto Confins, para nos levar para Sete Lagoas. Costumamos ficar lá porque tem menos gente e mais espaço para a Laurinha brincar do que na casa da vovó Letícia, em BH. Ao chegar lá, almoçamos e a Laurinha adorou as panquecas da vovó Glória.

O calor foi intenso quase todos os dias em que ficamos lá. Quase insuportável de dormir à noite. Fora as picadas de pernilongo na Laura! Num dos dias, mesmo com repelente no quarto, ela acordou chorando de madrugada e, quando a mamãe foi ver, estava cheia de picadas de pernilongo pelas pernas e braços. E não conseguia voltar a dormir de tanta coceira! Ligamos para uma farmácia e pedimos algum creme pediátrico para aliviar a coceira. O farmcêutico recomendou Betacortazol, muito bom por sinal. E só assim ela ficou tranquila e voltou a dormir. A partir de então, passamos a aplicar repelente nela para afastar aquelas pragas.

Sabendo que a neta adora uma farra na água, o vovô Noraldo havia praparado uma ducha no quintal, para a Laura se refrescar. Com todo aquele calor, a Laura não pensou duas vezes: enfiou-se debaixo do chuveiro frio e adorou.


Também adorou o balanço que o vovô instalou, principalmente porque estava montado no teto da garagem, bem alto, e permitia uma amplitude de movimento bem grande. Cada vez que ela ia lá no alto, morria de rir e pedia mais :-)

Além disso, eu também tinha trazido o seu pula-pula  para deixar em Sete Lagoas, pois compramos um outro para pôr no lugar. O pula-pula velho é uma mala sem alça, bem pesadinho! Mas deu pra despachar no Avião sem problemas.


Outra coisa que a Laurinha adorou foi a iluminação de natal feita pelo vovô Noraldo. Toda hora que ela saía para ver, soltava um "que liiiiindo, vovó!". Claro, os avós se derretiam!

No dia 23, a Sione e o João Maurício deram uma passadinha para visitar a Laurinha. Não puderam ficar para o Natal, pois passariam com a família da Sione.


No dia 24, viajamos de carro a BH para visitar a casa da vovó Letícia. A Laurinha se divertiu bastante com os primos Gaby e Filipe. Almoçamos por lá também, mas era tanta novidade que a Laurinha não quis comer muito. Só queria saber de brincar com os primos. Conheceu a coleção de bonecas da Gaby, brincou de bolhas de sabão, de casinha e até de carrinho!


No dia 25 de dezembro, como é de costume, vovô Antônio e vovó Letícia vieram a Sete Lagoas com a tia Bia e os priminhos. E foi uma festa, com aquela meninada toda correndo pra lá e pra cá. A Bisa Madalena e o Seu Domingos também vieram, como de costume, para o almoço de Natal em família. Para variar, encheram a Laurinha de presentes :-) A Bisa, por exemplo, deu um teclado musical muito legal que ela adorou!





Fizemos também alguns passeios em Sete Lagoas. Levamos a Laurinha novamente na lagoa do centro da cidade e, claro, ela já queria pular dentro d'água. Infelizmente não deu para andar de pedalinho porque era Natal os passeios não estavam funcionando. Também fomos em um parque com alguns brinquedos, como pula-pula e piscina de bolinhas.


Nosso vôo de volta a Brasília foi dia 26/12. Vovô Antônio veio nos buscar para nos levar ao aeroporto de Confins. Dessa vez o vôo saiu na hora certa e a Laurinha ficou muito tranquila. Brincou e cantou dentro do avião e nem precisou do iPod para distração!

A viagem foi bem legal e a Laura se divertiu muito. Pena que os pernilongos não tiveram dó dela e voltou cheia de picadas! As cicatrizes costumam durar até alguns meses na pele dela! Da próxima vez, vamos usar o repelente infantil antes de aparecer a primeira picada!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Brincando de Aprender

Com um ano e nove meses, a Laurinha entrou naquela fase de explosão de linguagem que dizem começar entre um ano e meio e dois anos de idade. Já percebemos que, embora ela ainda só fale frases simples e objetivas, como "let's go walk?" quando quer passear, ou "change poopoo" quando faz cocô e quer ser trocada, ela entende a maioria das coisas que dizemos. Às vezes nos surpreendemos com as reações dela ao que dizemos, quando não esperávamos que entendesse! E pelo fato de lhe estarmos dando uma educação bilingue, falando inglês dentro de casa e português fora, à primeira vista o vocabulário dela não parece muito vasto. Mas é bem grande se considerarmos as duas línguas.


Tentamos mostrar a ela diversos materiais educativos que sejam bem divertidos e compatíveis com sua idade.  Vamos, então, percebendo do que gosta mais, seja nos livrinhos, DVDs, Discovery Kids, Youtube ou até no iPod. De fato, atualmente somente mostramos o que ela pede, a não ser que seja algo novo que introduzimos. E ela tem mostrado um gosto especial por números, cores, formas e letras. Mas, claro, não deixa de ver Backyardigans!

Cada vez mais falante, ela já enumera uma série de cores e formas e consegue contar até 11 em inglês e português com muita desenvoltura (rápido, devagar ou no ritmo de alguma música). O 11 é por causa desta musiquinha do youtube aqui. Adora brincar de 1,2,3 e já! (e ready, set, go!) e já começa a reconhecer a relação entre quantidades e os plurais das palavras, embora ainda não mapeie muito bem os números nas quantidades. Por exemplo, outro dia, ao ver várias  formigas no chão, apontou o dedinho e foi contando de 1 até 9, terminando com "dez formigas". Outro exemplo, quando estava mamando, parou, apontou para cada um dos peitos e disse "one, two nummies".


As formas ela já falava desde antes de um ano. Sempre adorou o Mister Maker e suas e suas formas: círculo, triângulo, quadrado e retângulo. Ao longo dos meses ela as via em tudo para que olhava. Por volta de um aninho ela as pronunciava de forma bem básica, como "qué" no lugar de "square", por exemplo. Mas hoje já pronuncia muito direitinho, com todas as sílabas bem articuladas. De fato, de tão comuns pra ela, até perdeu um pouco o interesse e nem nos pede mais para desenhá-las, preferindo outros tipos de desenho.


Ela passou a dar mais atenção às cores há alguns meses, quando passou a brincar com placas coloridas de EVA (emborrachadas). Eu as havia comprado quando ela começou a se interessar pelas formas, depois dos seis meses de idade, para recortá-las e criar formas geométricas. Como as folhas são bem grandes, ainda sobrou bastante área, e as guardamos. Um belo dia a Laura as viu e deixamos que brincasse. O legal é que, apesar de finas, são bem resistentes e não deslizam no chão, permitindo que ela ande (ou corra!) sobre elas.

Em pouco tempo ela já estava conhecendo todas: azul, amarelo, vermelho, verde, roxo, branco, marrom, cinza, bege, laranja, rosa, preto, etc. Fala todos os nomes quando as apontamos e indica a cor correta quando dizemos o nome. Algumas cores ela não tem em EVA, mas conhece por ter visto no Youtube: magenta e ciano.


Uma brincadeira legal que fazemos com as placas é colocá-las em fila, formando um caminho. Aí seguimos pisando sobre elas e falando as cores. Ela acha bem divertido.


Quanto a letras, ela já canta quase toda aquela musiquinha do ABC e muitas vezes, quando vê algo escrito, começa a falar A,B,C..., mostrando que sabe que aquilo tem algo a ver com as letras :-) E ela que antes vivia nos pedindo para desenhar formas, como quadrados, triângulos, etc, agora prefere que "desenhemos" seu nome. Com frequência ela aponta para sua lousa ou para uma folha de flipchart e pede "Lolly", "Mommy" e "Daddy".

Também adora ver flashcards animados que associam a letra com o objeto no iPod Touch (ex: A is for Apple, B is for Ballon, etc) e filminhos relacionados no Youtube. Ultimamente ela tem adorado este aqui.

Compramos também, há alguns meses, diversos livrinhos infantis na Amazon, em formato "board book" (aqueles com folhas duras, à prova de bebês). Fizemos isso porque não é muito fácil achar bons livros em "board book" no Brasil e, quando achamos, são traduzidos (pessimamente) do inglês. Alguns perdem totalmente o sentido de ser na tradução, como um que considerava "morcego" e "xícara" como primeiras palavras aprendidas por um bebê!  (certamente traduzidas de "bat" e "cup", bem mais curtas para um bebê pronunciar). Já que queremos que ela tenha contato com o inglês desde cedo, preferimos comprar os livros diretamente em inglês. E há vários que ela adora e se diverte muito ao "ler" conosco!

O mais interessante disso tudo é que nada disso é "ensinado" a ela, no sentido tradicional da palavra ensinar. Tudo é brincadeira e, muitas vezes, sem intenção exatamente educativa. As placas de EVA, por exemplo, eram só pra brincar, mas acabaram ensinando-lhe as cores. Os flashcards animados são joguinhos no iPod para distraí-la nos momentos de mais estresse (filas de espera, pediatra, etc), mas ela acaba memorizando algumas letras. E por aí vai. Isso mostra como aprender e brincar estão tão relacionados nessa fase do desenvolvimento da criança. É só fornecer um ambiente rico (e claro, com a atenção dos pais) e elas vão tirar o máximo proveito, sem esforço. Mas também sabemos que muitas dessas coisas que ela supostamente está aprendendo não passam de memorização e só vão fazer sentido mesmo daqui a alguns meses. Mas nem por isso deixa de ser uma gracinha :-)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A adolescente que eu quero ter - parte 2

Bom, aqui vai a parte 2. Veja post anterior.


Comportamento típico do adolescenteComportamento desejadoComo ajudar a criança a desenvolver o comportamento desejado
Grita ou usa linguagem obscenaExpressa raiva de maneira apropriada1 a 3 anos: ajudar a criança a entender os próprios sentimentos, reconhecendo e dando nome ao que ela está sentindo, mas não sabe expressar
3 a 6 anos: encorajar a falar sobre os próprios sentimentos e ajudá-la a encontrar soluções quando for o caso
7 a 12 anos: ensinar técnicas para administrar a raiva, tal como ficar sozinha por um tempo para se acalmar
Não cuida dos pertencesRespeita propriedade e cuida dos pertences1 a 3 anos: não permitir destruição ou uso  inadequado dos brinquedos
3 a 6 anos: não permitir o acúmulo de muitos brinquedos que não são usados. Não substituir imediatamente brinquedos quebrados
7 a 12 anos: não ceder excessivamente aos desejos da criança. Dar uma mesada para que ela tenha que fazer seus desejos caberem num orçamento limitado
Preguiçoso, assiste muita TV e não faz exercíciosAssiste pouca TV, é ativo e se exercita.1 a 3 anos: limitar a TV a 30 minutos ou menos por dia.  Encorajar jogos e atividades físicas.
3 a 6 anos: Não usar a TV diariamente como babá. Priorizar as brincadeiras e atividades físicas ao ar livre.
7 a 12 anos: encorajar a prática de esportes.Ter em casa brinquedos, jogos e outros recursos que favoreçam atividades físicas. Limitar a TV a um tempo por dia previamente negociado com a criança
Mente tanto sobre coisas importantes quanto sobre coisas pequenas sem preocupaçãoDiz a verdade, mesmo em situações difíceis1 a 3 anos: ensinar sobre honestidade e ser um modelo de honestidade para a criança
3 a 6 anos: os erros não devem ser tratados com punição. Transformar a situação numa oportunidade de aprendizado e orientar a criança sobre como ser honesto
7 a 12 anos: ter o foco na solução do problema ao invés de ter o foco na punição. Elogiar sempre que ele for honesto.
Não se comunica com os paisTem comunicação honesta e aberta com os pais1 a 3 anos: brincar diariamente com seu filho.
3 a 6 anos: separar um tempo diariamente para ouvir a criança. Encorajar o bate-papo.
7 a 12 anos: ouvir a criança, olho no olho e sem distrações. Tente ver a vida do ponto de vista dela.
Sem traquejo social, age de forma rude e impensadaÉ gentil e trata as pessoas com consideração1 a 3 anos: ensinar boas maneiras
3 a 6 anos:relembrar a criança constantemente, de forma educada, de usar boas maneiras (Ex.: dizer por favor, obrigado, com licença)
7 a 12 anos: ser um modelo do uso de boas maneiras com seu filho e com os outros. Confiar que ele usará boas maneiras conforme ensinado (não intervindo antes mesmo de algo ocorrer).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A adolescente que eu quero ter - parte 1

Nas minhas leituras sempre encontro orientações sobre disciplina que gostaria de compartilhar. Atualmente, estou lendo o "The no cry discipline solution" da Elizabeth Pantley e finalmente consegui um tempinho para traduzir alguma coisa. A tabela que compartilho a seguir é uma tradução livre e não autorizada de informação do capítulo "Planning ahead, looking ahead: your child as a teenager", cuja mensagem é: pense no adolescente que você espera que seu filho se torne e invista a partir da primeira infância! Como fica muita informação para um post (e porque só consigo fazer a tradução aos poucos...) vou dividir em 2 posts. Aí vai a primeira parte:

Comportamento típico do adolescenteComportamento desejadoComo ajudar a criança a desenvolver o comportamento desejado
Deixa a louça suja espalhada pela casaColoca as louças para lavar e guarda a louça limpa1 a 3 anos: ensinar a entregar o prato para você quando terminar a refeição.
3 a 6 anos: ensinar a colocar seu próprio prato na bancada ou na pia.
6 a 12 anos:fazer a criança colocar a louça na pia ou na lava-louça, ajudar a secar, guardar a louça e seguir uma rotina de limpeza como lavar a louça que sujar.
Deixa pilhas de roupas sujas no chão do quartoSepara as roupas para lavar e leva para área de serviço1 a 3 anos:ensinar a colocar a própria roupa em um cesto no seu quarto.
3 a 6 anos: ensinar a colocar a roupa suja na área de serviço ou separar as roupas (por exemplo, de cor e branca) para lavar
7 a 12 anos: participar da organização da roupa limpa como dobrar meias e camisetas e guardar as próprias roupas nos armários e gavetas.
Responde os pais quando pedem para fazer algoFaz o que foi pedido, mesmo a contragosto, sem responder1 a 3 anos: evitar dizer não excessivamente. Explicar o que você quer ao invés de dizer o que você não quer
3 a 6 anos: corrigir, educadamente, comentários inadequados. Ensinar a criança a expressar emoções negativas de maneira aceitável
7 a 12 anos:tratar imediatamente qualquer episódio de resposta inadequada. Definir comportamentos que não são permitidos. Ser consistente.
Ignora os pedidos dos paisDemonstra que entendeu o pedido e o executa1 a 3 anos: fazer pedidos de maneira simples, clara e adequada para a idade
3 a 6 anos:abaixar-se na altura da criança,  olhar nos olhos e fazer o pedido de forma clara e específica
7 a 12 anos: tomar uma atitude, fazendo com que as coisas aconteçam por meio de uma ação (tal como pegar a criança pela mão) se ela não responder imediatamente.
Esquece dos afazeres, tais como retirar o lixo
Faz as tarefas diárias sem ser lembrado.
1 a 3 anos:quando a criança fizer bagunça, fazer com que ela ajude a arrumar as coisas, tornando o processo agradável e divertido
3 a 6 anos: ter rotinas diárias de organização da casa , como ajudar a tirar a mesa.
7 a 12 anos: ter rotinas diárias de organização da casa sob sua responsabilidade, listadas num cartaz
Discute e briga com os irmãosSe dá bem com os irmãos, resolvendo desentendimentos de forma madura1 a 3 anos:ensinar como compartilhar e ser gentil e delicado com os irmãos.
3 a 6 anos:mediar brigas entre irmãos, ensinado-os como resolver os próprios problemas.
7 a 12 anos: pedir que as crianças resolvam seus problemas enquanto você monitora à distância

terça-feira, 26 de outubro de 2010

High need babies

Quão maravilhoso e gratificante é criar um filho é algo que ninguém consegue saber sem experimentar. Eu ouvi por 10 anos este discurso de outras pessoas, até decidirmos ter um filho e posso dizer que não dá sequer para ter noção da intensidade emocional que é se tornar mãe antes de viver a experiência.

Dá pra acreditar que este bebezinho é a Laurinha? Com 2 dias de idade
Assim, tenho certeza que ninguém sabe o que é criar um bebê com altas necessidades (high need babies, estou traduzindo literalmente, por não ter encontrado termo melhor...) até ter um.  A maioria das pessoas que conheço tem bebês com comportamento mais ou menos padrão, no que diz respeito a sono, necessidades emocionais... E a sensação que tenho é que devem achar que exagero quando digo que a Laurinha demanda muito da gente. Afinal, todos os bebês demandam muito dos pais, o que a Laurinha tem de especial?

Eu conheci o termo "bebê com altas necessidades" bem antes de saber o que significava, com a primeira pediatra da Laurinha. Naquela época, achando que pudesse ter algo errado com a ela, consultamos outros pediatras e acabamos trocando. Mas foi pesquisando por conta própria as caracteristicas da Laurinha que encontrei o termo "high need baby", principalmente em artigos e livros do Dr. Sears. Compreender que tinha um bebê especial fez toda a diferença para mim, pois só assim pude aceitar e responder de forma adequada as demandas da criação da Laurinha.

E o que é um bebê com altas necessidades? Antes de tudo, é um bebê intenso na forma de manifestar suas necessidades e sentimentos. Recém-nascida, conforto para a Laurinha era estar no colo e no peito, se possível 120% do tempo. Do contrário, era choro. Sem falar nos inúmeros momentos em que já tínhamos esgotado as opções e ela continuava chorando. Detalhe: ela não teve cólica. Só não havia (e não há até hoje) este nível de necessidade para  uma coisa: sono. Que é outra característica dos high need babies: acordar frequentemente. Logo de cara fomos atropelados por uma rotina que, literalmente, drenava nossas energias, com a Laurinha pendurada no peito, dormindo pouco e de forma irregular durante o dia e acordando de hora em hora à noite.

Alto nível da atividade é outra característica. Ficar quietinho no berço, carrinho ou cercado brincando sozinho? Bom vamos dividir em duas partes.
  1. Ficar quietinho no berço, carrinho por tempo suficiente para fazermos alguma tarefa doméstica, por exemplo, foi algo que nunca vimos enquanto ela era bebezinho, a não ser para comer. O colo (de preferência o meu e com movimento) era a opção. Acho que foi por volta de um ano que a Laurinha começou a apreciar ficar brincando no berço ou cercado. Mesmo assim, não por muito tempo, pois se locomovendo sozinha, ela queria estar sempre explorando outras possibilidades. 
  2. Brincar sozinha, já é outra história. Em geral, não basta estarmos por perto, temos que interagir com ela. E haja energia e criatividade, pois ela não demora a se entediar. Não tanto quanto no início, mas ainda temos que variar bastante as brincadeiras.
Eles também mamam com frequência. E mamar não é só nutrição, é um recurso muito usado para conforto e aconchego. A Laurinha hoje mama livre demanda. Mamadas longas são poucas, geralmente quando chego do trabalho e antes de dormir. Mas as curtinhas (às vezes não duram um minuto) são muito frequentes ao longo do dia até hoje e são a opção predileta quando ela está cansada, irritada ou frustrada.

Outra coisa que foi muito forte, principalmente no começo, foi a imprevisibilidade. Quando eu achava que tinha encontrado algo que funcionava, por exemplo, para fazê-la tirar uma soneca, no dia seguinte não dava mais certo. Hoje é muito mais tranquilo, temos uma rotina estabelecida. Mas até chegarmos neste ponto foram muitas tentativas e frustrações até dançarmos conforme a música... da Laurinha. Ou seja, o segredo é conhecer bem o temperamento dela para descobrir as melhores opções e ser persistente.

Uma outra característica que acho importante é a dificuldade que ela tem de acalmar-se sozinha para dormir. Ela precisa de ajuda para adormecer e, até hoje, toda noite eu a amamento e embalo até ela dormir. O que se repete cada vez que ela acorda à noite.  A novidade atualmente é que ela tem descido do meu colo e pedido para ajudá-la subir no berço. Normalmente ela volta para o meu colo logo depois, mas às vezes se deita e dorme no berço.

E as novas fases vem, como para todas as crianças, mas em geral, temos que lidar com a intesidade própria da Laurinha. Agora mesmo começaram as birras... mas isso é assunto para outro post.

Dito tudo isso,  vem o lado positivo: acho que o mesmo nível de energia que torna a rotina da Laurinha desgastante, é o mesmo que faz dela uma criança também intensamente viva, carinhosa e esperta, que compensa todo o esforço com momentos de alegria de sobra. O fato de ela nos exigir tanto faz de nós pais mais antenados, envolvidos e participantes, que buscam mais informação e formas de interagir e entretê-la, o que talvez não fosse nossa realidade se ela fosse um bebê anjinho.

Engraçado como tudo vira rotina... só hoje, com a Laurinha com 1 ano e 8 meses  é que me dei conta de nunca ter escrito sobre um tema tão do nosso dia-a-dia quanto high need babies!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Passeio na Torre de TV

Em 3 de outubro, depois de votar, levamos a Laurinha para um passeio na Torre de TV. Na verdade, a motivação para irmos até lá foi que haviam reaberto a fonte da torre, que estava em reforma havia algum tempo. Como a Laurinha adora água, então achamos que iria gostar.

Fonte da torre de TV: só molhança!

E realmente adorou! Também gostamos muito! A fonte é imensa e muito bonita, com jatos pra tudo quanto é lado. Mas em dia de muito vento, como foi esse em que fomos até lá, nuvens de água são lançadas contra as pessoas e fica todo mundo molhado. Obviamente, foi a parte que a Laurinha mais gostou! O calor estava bem forte e deixamos que ela aproveitasse a farra.

Fonte da Torre de TV (um pedaço da Torre no alto, à direita)

Brasília é uma cidade com muitos lugares pra se visitar, mas especialmente no Eixo Monumental há o problema da aridez. É muito difícil suportar um passeio por algum monumento depois das dez da manhã, devido ao sol forte e à falta de sombras (em nome da arquitetura!) Mas a fonte da Torre de TV é uma opção ótima, pois os esguichos liberam constantemente uma chuva fina bem refrescante. Nosso passeio foi por volta das dez e meia da manhã e o calor já estava bem forte, mas nem dava pra sentir.

Em seguida aproveitamos para subir ao mirante da Torre de TV. Queríamos ver a reação da Laurinha lá em cima do mirante, que fica a 75m de altura e permite ver a cidade toda. Ela começou a reclamar já no elevador, o que é normal, pois ela não gosta muito de elevadores. É engraçado que, ultimamente, dá pra saber bem quando ela está desconfortável com alguma coisa: tapa os ouvidos com os dedinhos, como que para se desconectar um pouco do problema :-) Consideramos isso uma evolução, pois significa que ela está aprendendo a lidar com sua ansiedade sem cair imediatamente no choro, que seria a resposta mais natural para as crianças mais novas.

No alto da Torre: a danadinha pediu pra subir no parapeito!

Lá em cima ela logo saiu correndo para explorar o mirante. E quis subir no beiral com toda a coragem! E olha que é muito alto e até eu fico desconfortável! No final, ficamos só uns 5 minutos lá em cima, pra tirar umas fotos, e descemos. Depois de algum choro no elevador (duas vezes em seguida foi muito pra ela), quando saímos compramos um pica-pau de madeira com rodinhas pra ela, que logo esqueceu o desconforto daquela lata de sardinhas.

Vovô e vovó, olha eu aqui no alto!

Passeio bem legal e ótima opção para as crianças, agora com a reabertura da fonte!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Histórico do sono

A Laurinha não dá trabalho para ir adormecer à noite. Temos uma rotina bem estabelecida, que muitas vezes é iniciada  pela própria Laurinha. Vamos diminuindo o ritmo, as luzes da casa, nos despedindo das brincadeiras, até que vem o banho, a história, mamar e dormir.


Já permanecer dormindo é outro departamento. A Laurinha nunca dormiu muito bem. Com exceção de um período entre 2 e 5 meses de idade, em que ela dormia a noite toda, ela sempre demandou nossos cuidados à noite. Na época em que o Douglas revezava comigo, chegamos a tentar o desmame noturno. Que foi mais ou menos bem sucedido: a Laurinha chegou a dormir períodos de 6 horas initerruptas por um tempo, até ter uma gripe. Claro que com a gripe eu liberei o peito novamente e voltamos à estaca zero.

Depois disso, resolvi continuar fiel ao princípio de atender as necessidades noturnas da Laurinha, enquanto for tolerável para mim e não afetar o equilíbrio da família. Embora o Douglas tenha relutado um pouco, eu o convenci de que eu conseguiria assumir sozinha a rotina da noite. Achávamos que isso era temporário e que a Laurinha dormiria cada vez melhor com o passar do tempo. Mas a realidade não foi bem essa.

Nos últimos tempos, o mais comum é a Laurinha acordar 2 vezes por noite.  3 vezes  ou mais nas noites ruins (nascendo dente, nariz congestionado...). E é muito difícil para o Douglas fazê-la dormir, pois ela só aceita que eu a pegue do berço, quando acorda no meio da noite. A soneca do dia ela ainda dorme com a babá (único momento em que pega chupeta), mas à noite, só a mamãe (e o peito) resolve. De qualquer forma, embora ainda não possa falar em tendência (o progresso nunca é linear!), as coisas vão melhorando. As noites em que ela acorda apenas uma vez têm se tornado mais frequentes.

Alguns pais contam com orgulho que seus filhos dormem a noite toda, como se isso fosse indicativo do quanto são bons pais. Mas o fato é que isto tem pouco ou nada a ver com seu estilo de criação. Em geral, fatores biológicos e o temperamento da criança são mais determinantes para o despertar noturno do que outros motivos.

Até mais ou menos os 2 anos de idade, os ciclos de sono não-REM, que é o mais leve e durante o qual estamos mais sujeitos a acordar, são mais frequentes e mais curtos nos seres humanos. Biologicamente, os bebês precisam ter um sono mais leve mesmo, para não correrem o risco de não despertar quando estiverem com fome ou com algum desconforto mais sério. É questão de sobrevivência. Do ponto de vista neurológico, os cientistas dizem que este padrão está relacionado com o desenvolvimento e amadurecimento do cérebro. E alguns bebês simplesmente são mais vulneráveis que outros a acordar neste período. Aí entram mil teorias que poderiam explicar esta vulnerabilidade, como o temperamento da criança, que diz o quanto ela é sensível ou adaptável. Sem mencionar a influência de eventos como dentição, ansiedade de separação, resfriado...

Além de não querer interferir com o caminho natural do amadurecimento neurológico e psicológico da Laurinha, afinal, cada criança tem seu tempo, o principal fator para que eu prefira acordar à noite para atendê-la é que acredito nos benefícios psicológicos de estar disponível para ela. Acredito que isso faz parte do investimento necessário, principalmente nos dois ou três primeiros anos de vida, para o desenvolvimento equilibrado da Laurinha como pessoa.

Neste período, a criança está desenvolvendo a confiança nos pais, e somos modelo para todos os demais relacionamentos que ela terá ao longo da vida. Quando eu me mostro disponível para atender suas necessidades, eu estou passando a mensagem de que ela é importante, de que ela pode contar comigo (dia ou noite :-), e, por extensão, no futuro, que pode confiar em si mesma e nas pessoas. Isso não significa fazer tudo que ela quer ou poupá-la das frustrações com as quais ela já tem que lidar. Trata-se apenas estar sintonizada com o que ela precisa, principalmente do ponto de vista emocional.

Estou mimando ou deixando a Laurinha no controle? Não acho. Até porque, se não desse conta da rotina, teria buscado outras alternativas (suaves e graduais, sempre!). Mas pode parecer que sim, para os que têm uma visão autoritária de disciplina, onde tudo é uma questão de poder e controle.

Também não acho que estou fazendo com que ela se torne mais dependente do que seria natural para a idade. Acho que eu a estou apoiando a conquistar sua independência. Quando crio a confiança de que suas necessidades são levadas a sério e dou toda atenção e amor que ela precisa, estou ajudando a Laurinha crescer mais segura. Além disso, se você atropela o processo, forçando a criança a assumir uma independência para a qual ela ainda não tem maturidade,  ela pode até se comportar como você quer em uma situação específica, mas a insegurança vai permanecer e se manifestar em outros aspectos da vida dela.

Em suma, estou aguardando e dando suporte para que ela atinja a maturidade do sono naturalmente. Sem desmame, "treinamentos" (estilo Tracy Hogg), deixar chorar ou outros artifícios, que, na minha opinião levam em conta mais (ou só) a conveniência para os pais do que o benefício para a criança. É desgastante, exige muita energia e paciência, mas tenho certeza de que será compensador.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Visita dos avós paternos

Duas semanas após a visita dos avós maternos vieram visitar a Laurinha seus avós paternos. Chegaram no dia 4 de setembro, um sábado, à tarde.

Avós paternos em Brasília

Novamente, a Laurinha só ficou meio ressabiada no início, mas logo foi se soltando. Achamos que ela ficou meio confusa com tanto vovô e vovó. Afinal, há poucos dias já tinham vindo os outros avós!

Brincando com os gatinhos pela grade

Mas logo ela já estava mais à vontade e até brincando com eles. Quando eles estavam na sala, ela vinha correndo lá do quarto procurando o vovô. Queria toda hora colocar o fone de ouvido do radinho do vovô para ouvir também.

Correu para ouvir o fone do vovô


No domingo nós passeamos pelas quadras e deixamos a Laurinha conduzir o passeio. Ela quis atravessar o eixão e ir até as quadras 200. Logo achou um parquinho e já quis subir nos brinquedos. Depois atravessamos de volta e ela correu para o parquinho de costume, da quadra vizinha à nossa.

Escalando (tadinha da mamãe!)

Também fomos ao Parque da Cidade, onde mal chegamos e ela já correu para o balanço. É engraçado que ela passa vários minutos sentadinha no balanço e parece que vai ficando com sono. Então, de repente, pede pra descer e já sai correndo por aí.

Balanço no Parque da Cidade

Além dos passeios com a Laura, aproveitei para levar meus pais ao Congresso Nacional. Minha mãe já tinha ido, mas meu pai não conhecia.

Ida ao Congresso (túnel do Anexo IV)

Visitação à Câmara (Relíquia do Antigo Plenário ao fundo)


Por fim, a Laurinha parece ter gostado bastante da visita. No último dia já chamava o vovô e a vovó de forma bem natural. E ficou bem tranquila para tirar umas últimas fotos no colo.

Última foto antes de partirem (o cabelo pra cima é porque é bem cedo!)

Boa viagem, vovô e vovó!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Festinha de Dois Anos do Guilherme

Como no ano passado, a Laurinha foi convidada para a festa de aniversário do Guilherme e não podia perder, pois tinha adorado a última, apesar de só ter seis meses naquela ocasião. Os titios Paulo e Patrícia nos convidaram a pedido do papai, José Eduardo. Foi no Minas Brasília Tênis Clube, no dia 28 de agosto. Também estavam lá vários coleguinhas da natação e até as professoras.

A Laurinha foi com um lindo vestidinho e estávamos crentes que iríamos tirar muitas fotos dela assim. Mas não deu tempo de tirar nenhuma foto com o vestidinho, pois no momento em que chegamos à festa e que ela viu a meninada brincando nas duchas, ficou doidinha pra ir brincar também! Mal deu tempo de trocar sua roupa :-)
Lá vai ela...

O dia estava bem quente e deixamos que ela se esbaldasse. É impressionante como ela gosta de água! E, apesar do calor, a água tava muito fria. Mas ela nem ligou.

Que beleza!


Passamos um pouco de aperto, pois queria ir nos brinquedos toda molhada. Acabamos por tirar seu vestidinho de brincar e a deixamos mais à vontade. Não faltou rolar na grama e subir nos brinquedos toda suja de capim :-)

No balanço, toda suja de capim


Achamos que ficaríamos pouco tempo, devido à proximidade da hora da soneca da tarde dela, mas acabamos mesmo passando a tarde na festinha, pois ela estava se divertindo muito.

Titio Paulão, amigão do papai



E lá vem ela querendo se ver na câmera!


O tema da festa foi o Cocoricó e, como a Laurinha também é fã, aproveitamos para tirar uma fotos dela no cenário.

Entre a Lilica e o Astolfo (ela também adora o Cocoricó)

Quando ela viu o cavalo Alípio, reconheceu logo e veio correndo. Acho que veio correndo mais foi porque viu que o Guilherme, o aniversariante, já estava lá brincando com ele :-)

Disputando o Alípio com o aniversariante!

Quando o Guilherme pulou do Alípio para a vaquinha Mimosa, a Laura teve sua chance de se sentar no Alípio também. Mas adivinha: nem ligou e correu atrás do Guilherme, querendo subir na Mimosa também! O brinquedo do outro é sempre mais divertido :-)

Disputando a Mimosa com o aniversariante!

Ao final, ela adorou a festinha do Guilherme, o que dava pra ver pelo estado de sua roupa e de seu cabelo! O ruim é que brincou tanto que perdeu a hora do descanso.  Ficou super irritada na hora de ir embora. Foi um custo para sentá-la na cadeirinha do carro.

Parabéns Guigui!