quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

It's called mucus!


O vocabulário da Laura em inglês está começando a surpreender.

Hoje ela estava olhando bem de perto e passando um dedinho em um ponto do sofá. Eu perguntei: Lolly, what's that? E ela: It's a stain! (é uma mancha!)

Mais tarde, na cozinha, a Junia estava se preparando para aquecer o jantar da Lolly, com carne cozida, que ela adora. A Lolly quis pegar um pedacinho da carne entre os dedinhos e a Junia deixou. Olhou atentamente, sentindo a textura entre o polegar e o indicador, e disse, com cara de nojo: It's called mucus! (isso se chama muco!) Rimos bastante!


Laura na cozinha


E hoje eu e ela tivemos o seguinte diálogo no banheiro, com ela sentada no penico:


LollyI'm almost pooping! (estou quase fazendo cocô)
DaddyI think you did it already cause I heard something! (eu acho que você já fez, pois eu ouvi algo)
LollyI heard something! Something falling down in the potty! (eu ouvi algo! Algo caindo no penico! 
:-)

domingo, 22 de janeiro de 2012

Bubble Guppies!

A mais nova atração em casa, nas últimas semanas, tem sido um seriado da NickJr para crianças em idade pré-escolar chamado Bubble Guppies. Descobrimos no Youtube, nas listas de sugestões que aparecem quando estamos assistindo aos filminhos que a Laura mais gosta. Ela anda apaixonada e quase que só quer assistir a isso!

Bubble Guppies, da NickJr

Trata-se de uma animação em que um grupo de seis crianças (Molly, Gil, Goby, Deema, Oona e Nony) participam de várias aventuras no fundo do mar, imaginárias ou não, enquanto vão à escola. Na verdade, são seres com um rabinho de peixinho, como as sereias. E somente esses seis possuem parte humana. Todos os outros personagens são criaturas marinhas somente, como peixes, crustáceos e moluscos.

A série é ótima, muito bem feita e divertida e os personagens são muito bonitinhos. Seus dubladores são ótimos e cantam muito bem! Lembra um pouco os Backyardigans, pois há muita música, dança e imaginação. Mas o Bubble Guppies possuem um formato mais fixo. No início, a Molly e o Gil anunciam que "It's Time for Bubble Guppies!", sempre dentro de uma cena curtinha envolvendo o tema que será recorrente no episódio. Depois da música de abertura, eles chegam à escola e começa a parte didática, recheada de diversão e música. Há até agora 20 espisódios da primeira temporada e dois da segunda. A Laura já viu todos, e mais de uma vez.

Bubble Guppies na sala de aula com Mr. Grouper

A ideia de colocar "sereiazinhas" e "sereiozinhos" como personagens foi bem interessante, pois eles flutuam o tempo todo e, por isso mesmo, não ficam limitados como seriam se estivessem em terra. Eu achei que isso deu uma dinâmica diferente ao desenho animado. Por exemplo, se querem sair de um carro, simplesmente saem pela janela, flutuando. Não precisam abrir a porta, dar os passos necessários pra descer, etc. As cenas parecem mais fluidas (desculpem o trocadilho!) e eles parecem voar. A impressão que dá é que o desenho acaba se concentrando no que é mais importante: divertir e educar.

E eu falei "sair de um carro"? No fundo do mar? Sim, isso mesmo! As situações ocorrem todas como se fossem em terra, o que é bem estranho no início, mas a gente acaba se acostumando. Para dar uma ideia do que acontece nos episódios, sempre debaixo d'água, aqui vão alguns exemplos de cenas:

Corrida de carros entre os personagens, com cada carro de uma cor, como se fosse um estojo de lápis de cor. A ideia é passar por determinados obstáculos e combinar as cores dos carros para formar outras. Tudo isso debaixo d'água!




Viagem até as montahas para abastecer um caminhão com marshmellow que brota da terra. Isso para confeitar uma casinha que estão fazendo, com paredes e teto de biscoito, com o objetivo de alegrar um peixe ranzinza que não gosta de comemorar o Natal. Com direito a neve subaquática e tudo!


Viagem de avião para demonstrar às crianças o que é um aeroporto, pra onde vão as malas, como embarcar no avião, etc. Esse foi especialmente legal porque a Laura assistiu poucos dias após viajar de avião e parece que conseguiu relacionar direitinho com o que aconteceu na viajem.

Viagem ao espaço sideral para falar do sol, da lua e dos planetas. Dá uma introdução bem divertida às informações sobre o sistema solar. O detalhe é que, como tudo mais, o espaço sideral aqui também é debaixo d'água (olha só o rabinho de peixe da astronauta Deema aqui ao lado!)


Mas nessas coisas que soam meio absurdas, mas que se encaixam com perfeição nos episódios, há um conteúdo educacional muito interessante. Por exemplo, no episódio "Call a Clambulance", um peixinho "quebra" a barbatana e é dada toda uma aula de como nós possuímos ossos dentro do corpo, os quais ajudam a nos sustentar a nos mover. Em "Crayon Prix" eles falam das cores e como é possível combiná-las para formar outras. Em "Build Me a Building", eles precisam construir uma casinha de cachorro para o "Bubble Puppy" e falam de ferramentas e como é possível utilizá-las para construir coisas. E assim por diante. Todos os episódios têm algum tema educativo a ser explorado. E a Laura fica encantada! Deixou até o Super Why meio de lado!

Infelizmente, no momento em que escrevo, a série ainda não passa no Brasil. Compramos os episódios na Itunes Store e são bem baratinhos. A primeira temporada era em SD, mas a segunda, que está começando, já é em HD (720p). Gostamos muito de assistir com nossa baixinha.

Atualização após comentário da nossa amiga Pac: a série é exibida no Brasil, desde abril do ano passado,  pela Nickelodeon (na faixa "Nick Jr") de 2ª a 6ª às 7h30! Realmente não tínhamos esta informação.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Fui ao cinema e gostei!

Hoje ficamos muito contentes pois foi a primeira vez que levamos a Laura ao cinema. Na verdade já tínhamos tentado fazê-lo antes, mas os horários dos filmes acabavam inviabilizando: ou eram na hora da soneca dela, ou à noite.

Fomos ao Pier 21 assistir ao "Alvim e os esquilos 3". Infelizmente só tinha dublado, mas achamos que também seria legal pra ela. Nosso foco era a experiência da primeira ida ao cinema, combinado com os procedimentos de desfralde. Achamos que tudo correu super bem, apesar de termos saído ainda faltando uns 20 minutos de filme, bem ruinzinho por sinal!

Ela se comportou direitinho na sala, comeu pipoca, ficou sentada como uma mocinha. Depois de uns 50 minutos ela pediu pra fazer xixi e a Junia a levou. Fez direitinho no vaso! Normalmente ela não gosta de fazer no vaso. Depois voltou e assistiu mais uns 20 minutos. Depois disso pediu pra ir embora e saímos.

O legal foi que não teve medo e deu pra ver que se divertiu bastante! Comentou partes do filme e achou graça em vários momentos. Exagerou na pipoca, pois comeu mais da metade de um saquinho médio!

Ela já tinha ido a sessões de "cineminha" na escola e já tinha ido ao banheiro fora de casa algumas vezes. Mas ficamos admirados de como tudo foi tão tranquilo!


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Natal 2011

Este anos decidimos passar o Natal e o Ano Novo em Minas Gerais. Os avós maternos da Laura moram em Sete Lagoas e os paternos em Belo Horizonte.

A Laura ficou muito feliz quando dissemos que iríamos viajar pra ver os avós. Também estava bem interessada em viajar de avião. Apesar de já ter voado várias vezes, acho que ela não se lembra.

Coloquei bastante coisa no iPod dela pra ter com o que se distrair, como os desenhos animados Bubble Guppies, Super Why, etc.

Saímos de casa no dia 24, bem cedo, e fomos de táxi pro aeroporto. A ida foi bem tranquila e a Laura se divertiu. Estava doidinha pra entrar no avião. Mas depois que entrou, ficou impaciente, fazendo a toda hora  contagem regressiva de 10 até 1 e dizendo ao final "let's go!"  :-) Quando o avião começou a se mover ela achou que já iria decolar, mas demorou ainda um tempo antes de decolar. Quando finalmente aceleramos pra subir, ela ficou toda animada, olhando pela janela e rindo!

Laura ansiosa pela decolagem

Fazendo um lanchinho no avião

Chegamos em BH sem atrasos e o Vovô Antônio veio nos buscar pra nos levar pra Sete Lagoas. Chegamos na casa da Vovó Glória no início da tarde e a Laurinha estava super curiosa com tudo. A última vez que ela esteve na casa da vovó havia um ano e não devia nem se lembrar. De qualquer forma, a casa era outra, visto que os pais da Junia se mudaram no início do ano.

Como nossa estratégia de bilinguismo é conversar com a Laura sempre em inglês dentro de casa e em português fora, decidimos que passar quase duas semanas falando só português não seria legal. Consideramos, então, que dentro da casa da vovó somente falaríamos em inglês com ela. Mas quando outras pessoas estivessem na conversa, obviamente falaríamos em português. E funcionou direitinho.

E foi tão legal vê-la alternando entre inglês e português! Por exemplo, certa noite o céu estava bem estrelado. Como sempre foi apaixonada com o céu e nunca deixa passar quando vê uma estrela ou a lua, saiu para o quintal gritando, em inglês: "Look, the stars! Lots of stars!" (Olha, as estrelas! Muitas estrelas!). Correu pra dentro de casa chamando a vovó, gritando em português: "Vovó, vem! Tem estrelinha, olha lá!" E, logo em seguida, ficou doidinha ao ver a lua crescente. Gritou: "The moon, look! Sooo beautiful! Somebody bit the moon!" (A lua, olha! Tão linda! Alguém mordeu a lua!)


Reconhecendo o terreno com o sapato da vovó!

A Laura costuma assistir a muitos programas educativos na TV. Ultimamente tem visto pouca TV a cabo e mais seriados, tais como Bubble Guppies e Super Why. Para ela não sentir falta, levamos a Apple TV. Como o vovô Noraldo tem um roteador wireless e uma TV com entrada HDMI, não houve problemas para instalar. Dessa forma, era possível passar diretamente os filminhos, fotos e vídeos do iPod para a TV na sala. A própria Laurinha sabe como fazer! Ah, sim, e também dava para assistir Youtube diretamente da TV dessa forma. Na noite de Natal, deixei passando na TV um slideshow com fotos da Laurinha de todas as épocas. Todos ficaram encantados.





No dia seguinte, de tanta correria no quintal, a Laura deu uma topada e machucou o dedão do pé. Chegou a cortar e gotejar sangue, mas bem pouquinho. Foi a primeira vez que ela viu sangue escorrendo e, se não fosse a dó que deu, teria sido uma situação bem engraçada. Antes de ver o sangue, ela só deu uma choradinha. Assim que viu o sangue, começou a gritar que o dedo estava vermelho e que não queria que ficasse vermelho! Literalmente, ela chorava, meio desesperada e olhando para o dedo: "No, mommy, I don't want it to get red!" Tivemos que explicar pra ela o que era sangue e que era normal acontecer de vez em quando. Colocamos um band-aid e ela, claro, foi contar para a vovó o ocorrido: "Vovó, a Laura caiu e machucou! E ficou vermelho! E colocou band-aid!"


Passeio em uma praça em Sete Lagoas
Os avós da Laura a veem quase toda semana via video chat, mas pessoalmente só a cada seis meses ou  até mais. Sendo assim, nessa viagem, cada coisinha que a Laura fazia era motivo de muito paparico. E, claro, ela adora ser paparicada e retribuía fazendo ainda mais gracinhas! Chamava os avós o tempo todo para verem o que estava fazendo. Queria que a vissem fazendo xixi no peniquinho, tomando banho ("Vem vovô, eu tô tomando banho com o meu pato!"), trocando de roupa, etc. Também comandava algumas brincadeiras com os avós. Por exemplo, ficava pedindo pra eles cantarem a vinheta do PBS Kids (lá lá láaaa lá lá, pbs kids!) e eles morriam de rir com ela!


Dentre outras coisas que fizemos, fomos visitar a Tia Lúcia, irmã do Vovô Noraldo, na cidadezinha de Cachoeira da Prata, próxima a Sete Lagoas. É uma cidade de menos de 4 mil habitantes. A Laura gostou de ver galinhas e alguns pássaros. Mas teve medo dos micos que apareceram no alto das árvores. Acho que foi porque ela não conseguiu identificar direito o que eram, pois eles são muito arredios. Comeu queiro mineiro e biscoito de polvilho e depois fez um passeio na praça da igrejinha.


Fazendo pose na frente da igrejinha, em Cachoeira da Prata


Num dos dias eu fui até BH passar o dia na casa dos meus pais. Acabei voltando no início da noite e os ônibus estavam muito atrasados, provavelmente devido às chuvas. Com isso, pela primeira vez, perdi o horário de contar história para a Laura dormir! Depois a Junia me disse que, quando a levou para o quarto para botá-la pra dormir, a Laura disse: "Let's call Daddy?" (vamos chamar o Papai?), já pensando na história. A Junia então explicou que eu ia demorar pra chegar porque estava ainda no ônibus. Ofereceu-se para ler a história e a Laura disse: "No, Mommy, don't read it!" (não, Mamãe, não leia!) Afinal, quem lê a história é o papai! Mas dormiu sem maiores problemas.


Laura com os primos Gaby e Felipe

Nos dias em que meus pais vieram trazendo a Gaby, a Laura passava o tempo todo atrás dela, pois adora brincar com crianças maiores. Chamava a Gaby para o pula-pula o tempo todo! O engraçado é que a Gaby, que é cheia de energia e não consegue ficar parada, não estava conseguindo acompanhar o ritmo da Laura.

Laura na casa da bisa Madalena com a prima Maria Eduarda

Dentre alguns episódios engraçados da viagem, teve um dia em que a Bisa Madalena fez bife de fígado e trouxe para o almoço, pois sabe que eu gosto. A Laura é super carnívora e estava comendo bife comum. Quando terminou, pediu mais carne, como de costume. Eu lhe ofereci um pedaço de fígado. Ela examinou o pedaço na ponta do garfo e, em seguida, disse: "Not this, the other meat!" (essa aqui não, a outra carne!) E não comeu do fígado.

Uma outra vez, ela estava no pula-pula e eu comecei a cantar a abertura do pbs kids. Ela gritou e esperneou nervosamente, dizendo no! Como se estivesse com medo (ela costuma fingir que tem medo dessa abertura). Eu então disse para cantarmos outra e comecei a cantar Backyardigans pela metade. Ela disse "ah, Backyardigans is much better! Let's say the beginning!" E começou a cantar desde o início.


Com a prima Gaby no pula-pula


Brincando atrás da casa

No dia da partida, quando meus pais chegaram pra nos levar pro aeroporto, a Laura ficou toda animada. Chamava o vovô antônio e a vovó Letícia para ver ela fazendo de tudo. Pulando, correndo, etc. "Olha, vovô!". "Vem vovó!" Foi uma graça. O engraçado é que, de manhã, ela não queria nem ver os pais da Junia. Acho que ela achou que iríamos embora já cedo, pois ela ficou doidinha com eles nos outros dias.

Fantasiada de Stephanie com a Vovó Glória e o Vovô Noraldo

O vôo saiu na hora e a Laurina estava super tagarela. Eu gravei um áudio com alguns trechos dela falando. Estava ansiosa que o avião decolasse e não parava de falar. Comportou-se muito bem durante toda a viagem, exceto quando tivemos que guardar o iPod, para o pouso em Brasília. Chorou e ficou um pouco histérica. Explicamos a ela o motivo e ela queria mamar. Mas aí eu a distraí com o saquinho plástico, fingindo ser uma cobra, e ela se acalmou logo. Pousamos umas 16:30.

Ao chegar em casa, pouco depois das 17h, a Laura ficou super animada! Na verdade, a princípio, não queria nem subir para o apartamento! Queria brincar embaixo do bloco. Mas a Junia a convenceu. Chegou pulando e cantando e pediu para virarmos o pula-pula para a posição normal. Pulou até. Depois brincou de triciclo, de bolas, com os backyardigans, etc. Estava super feliz de estar em casa e com saudades dos brinquedos. Pedimos Giraffas pra almoçar. No geral, a viagem foi bem legal e a Laura se divertiu bastante.






quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

I miss my misses

Na última reunião de pais do ano a Miss Mara (professora titular da turma da Lolly - a Toddler A), nos orientou a incluir a escola nos assuntos das férias, para contribuir com uma transição mais suave para o próximo ano letivo. Sugeriu atividades como rever os trabalhinhos feitos durante o ano e comentá-los. Mas, até agora, não precisamos tomar nenhuma inciativa. A Laura tem demonstrado, às vezes de maneiras até inusitadas, que aprecia e sente falta do ambiente escolar, de modo que o assunto permanece presente.


Toddler A 2011

Às vezes quando nos vê prontos para o trabalho de manhã, ela pergunta "Are you going to school, mommy? I wanna go, too." Sempre explicamos que estamos indo para o trabalho e ela está de férias, mas que daqui a um tempo, ela vai voltar. Ela também tem sonhado com a escola e acorda contando que "brincou" com o Tomaz, a Mariana ou outro coleguinha. Numa destas vezes eu falei "You played with your friends in your dreams, right?... I see you miss them", e ela respondeu "Yes, I miss my misses, too".

Outra coisa que ela tem feito é o pretend play. Durante os dias que passamos na casa dos avós, ela começou a brincar que estava na escola. Numa das brincadeiras, ela era a Miss Mara, eu a Miss Leilane (professora assitente) e o pai a Miss Nella (professora assitente). As bonecas viraram outros amiguinhos da turma. Dentre eles, sempre estava o Tomaz, seguido pela Mariana. Ela, inclusive, chegou a brincar numa das vezes que ela era o Tomaz! Segundo suas professoras, o Tomaz adora a Lolly e sempre a escolhe para toda a atividade que é feita em par.  Pelo jeito o afeto é recíproco!


Lolly e Tomaz

Outra coisa que tem ajudado é um desenho descoberto em uma das navegações da Lolly pelo Youtube, os Bubble Guppies. É muito divertido e educativo e destinado a crianças em idade pré-escolar. As aventuras se passam na escola e é a nova febre da Lolly.

Hoje comprei uniformes para a Lolly e, como tinha que experimentar algumas peças, aproveitei a oportunidade para falar da escola. Disse que o próximo mês era fevereiro e que ela retornaria à escola e  reencontraria os amigos, que haveria novos amigos também. Comentário da Lolly: "Now is february!" Aí eu expliquei ainda leva um tempo para chegar fevereiro ;-)

Todas estas manifestações só nos deixam mais satisfeitos e tranquilos com a escola.  E não podíamos deixar de aproveitar a oportunidade para agradecer pelo carinho e apoio que tivemos, neste ano que passou, de toda equipe da Maple Bear, especialmente das nossas queridas Misses Mara, Nella e Leila!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Good nights

Ano passado, o primeiro post que escrevi, comemorava uma noite inteira de sono da Laura, algo que não acontecia havia um bom tempo. Embora eu tenha encarado o evento com cautela, não deixei de alimentar expectativas de que a maturidade do sono não estaria longe. O que esperava, baseada nas minhas leituras e nas (poucas) trocas de experiências com quem já viveu algo parecido, era que  por voltas dos 2 anos e meio as coisas estariam bem melhor. 

As noites inteiras de sono começaram a aparecer com mais frequência sim, mas logo isso parecia tão eventual que não estava fazendo diferença. Já estava começando a me conformar que o meu destino seria o comentado pela antropóloga  Katherine A. Dettwyler, em seu artigo Sleeping through the Night, em que diz que é normal que "filhotes humanos" só passem a dormir a noite inteira entre 3 e 4 anos. E eu já estava me vendo no extremo desta faixa...

Num dia de cansaço e desânimo resolvi transformar em gráfico as informações de sono da Laurinha, para ver se identificava alguma evolução. Eu mantenho um diário, compartilhado com a babá, em que anotamos os principais eventos do dia (refeições, passeios, soneca...) e tinha todos os horários em que ela acordou à noite, o que me permitiu identificar todas as noites em que ela dormiu por 5 horas ininterruptas ou mais este ano.  Tirei as 5 horas como critério de alguns livros que li, como o The No-Cry Sleep Solution, da Elizabeth Pantley. Segundo esta literatura, este seria o número de horas a partir do qual já se considera que a criança dormiu a noite inteira, pelo menos quando estamos falando de bebês. 

O gráfico, na verdade, mostra um índice que criei, o "Good nights", que é o percentual de dias do mês em que a Lolly dormiu mais que 5 horas. Considerando, para facilitar a comparação, todos os meses com 30 dias.



 

Pelo gráfico dá pra perceber que o primeiro semestre não foi nada animador.  Também foi o semestre que andamos às voltas com mudanças como começar a frequentar a escola e problemas como a constipação. Ainda assim, de maio para frente, podemos dizer que houve sempre uma pequena evolução. Mas mudança sensível mesmo se deu a partir de outubro. Chegando a dezembro com quase 100% de noites "bem dormidas".

O gráfico a seguir é o outro índice em que tentei avaliar mais a qualidade do sono.  Corresponde à média de sono das noites em que a Lolly dormiu 5 h ou mais. Começamos o ano, grosso modo, com a média mais próxima de 5h e nos dois últimos meses do ano superior a 7h  (sua faixa de horas de sono varia entre 5 e 9,5h), chegando a 8h no último mês .



De novo vou ser cautelosa: ainda é cedo para ter certeza que vamos "viver felizes para sempre", mas os dados são animadores.  Apesar de todo o cansaço, sinto que fiz a escolha mais adequada, considerando personalidade da Laura. Diria que tenho até certo orgulho de estar sendo capaz de dar o tempo que ela necessita para atingir a maturidade do sono. Espero continuar tendo energia para permitir que ela siga seu próprio ritmo neste e outros marcos.