quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Desmame noturno

Como já disse em outras oportunidades, sou pelas soluções sem choro. Embora a decisão que tomamos não contrarie nenhum dos valores que nos servem de referência na educação da Laurinha, não foi fácil para mim fazer o desmame noturno.



Depois que voltei a trabalhar, a Laurinha anda "apaixonada" pelo peito. E isto estava se traduzindo também em despertares noturnos para mamar. Não por fome, diga-se de passagem, só necessidade de contato. Convencida de que precisava nutrir esta necessidade, fui levando. Quando o assunto é atender as necessidades da Laurinha, a política é mudarmos a nossa rotina antes de impor qualquer alteração na dela. Além disso, digamos que um pouco de culpa por estar menos disponível aumentou minha resistência em mudar.

Mas, depois de algum tempo, o Douglas me disse que para ele não estava tolerável (a gente vinha se dividindo em turnos para atender a Laurinha quando ela acordava). Ele propôs que a desmamássemos à noite, como o pediatra já havia recomendado. Embora tenha resistido no início, acabei concordando. Pra gente, o que não está funcionando para a família como um todo deve mudar.

A estratégia foi eu deixar de colocar a Laurinha de volta para dormir. Durante uma semana o Douglas e a babá se revezaram nesta tarefa. Na primeira noite, foi muito difícil ouví-la chorar e não ir até o quarto, mesmo sabendo que o Douglas e a Adjane estavam com ela e que ela estava bem cuidada. Chorei também. Mas as noites seguintes foram mais tranquílas, até que uma semana depois foi possível voltar a ficar com ela à noite. Sem dar de mamar.

O resultado? Bem, os primeiros dias pareciam promissores. Ela dormia entre 5 e 8 horas direto. Depois veio um período de grande variação: seu maior período de sono variava entre 3 e 6,5 horas. Mas ainda assim, podemos dizer que estava melhor que as noites em que ela acordava até 5 vezes, com intervalos tão curtos como 1 hora.

Agora, que estamos a mais ou menos dois meses do início do desmame, seu maior período de sono ininterrupto é, em média, 5 horas. Embora, a rigor, não possamos falar em regularidade, hoje é mais raro que ela vá para os extremos: dormir tão pouco quanto 2 horas ou tanto quanto 8 horas de sono ininterrupto. Acho que o desmame foi mesmo necessário para incentivar a Laurinha a dormir períodos mais longos e não afetou seu bem-estar. Até porque o desmame não foi radical, ela mama após suas 5 ou 6 horas de sono, dorme por mais 1 ou 2 horas e mama novamente.

Segundo alguns livros e artigos que li, dormir períodos de sono mais longos é um evento esperado por volta dos 10 meses. Vamos ver o que os próximos meses nos reservam...

Quanto ao desmame total, minha expectativa é que ela se desinteresse pelo peito até os 2 anos. Acho um privilégio amamentar e nosso pediatra concorda. Se o desmame não acontecer naturalmente até lá, vamos avaliar como promovê-lo.

(Atualização após setembro: veja aqui, que no fim das contas o desmame noturno não funcionou...)

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