sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Viagem a Orlando 2013

Começamos a planejar nossa viagem a Orlando ainda no final de 2012. Achávamos que já estava na hora pois, com quatro anos, a Laura já estaria bastante ativa e curtiria bastante.

A aventura já tinha começado quando fomos tirar nossos passaportes e vistos. A Laura ainda era meio rebelde para tirar fotos. Já tinha melhorado muito, pois na primeira foto, que tirou com 2 anos, não parou de chorar um minuto! Já nas fotos para o passaporte e para o visto, conseguimos convencê-la de que era obrigatória para quem queria ver o Mickey Mouse, o que funcionou :-)

Nos preparativos, tentamos primeiro utilizar os serviços de uma consultora de viagens, mas não deu muito certo, pois para toda decisão que ela tomava quanto aos voos eu acabava achando algo melhor por conta própria. Decidimos comprar as passagens, reservar o hotel e alugar o carro diretamente com as empresas.

Escolhemos voar de Delta pelo fato de o voo ser noturno. Seria um daqueles "red eye", como dizem, em que você chega no destino com os olhos vermelhos por não ter dormido direito. Mas ao menos a Laura já dormia muito bem à noite e não teria problemas.

O hotel escolhido foi o Floridays, que estava com um preço ótimo, além de ótimas recomendações nos sites de viagens. Mandei primeiro um e-mail para lá, para sabermos quais as políticas de recebimento de encomendas, já imaginando que compraríamos bastante pela internet para entregar no hotel. Não gostei muito, pois apesar de não cobrarem para receber a encomenda, passam a cobrar absurdos 20 dólares se armazenarem por mais de um dia. Mas ao menos são 20 dólares por 5 dias. O problema disso é que não poderíamos comprar nada já antes da viagem para entregar no hotel, pois corríamos o risco de chegar muito antes de nós, e termos que pagar uma fortuna de armazenagem. Mas o preço do hotel estava muito bom, logo achamos que valia a pena, mesmo com esse inconveniente. Depois descobrimos que a política do Floridays não é das piores, pois há hotéis que cobram algo como 10 dólares por pacote! Isso se não ultrapassar um certo tamanho/peso...

O carro nós alugamos pela Álamo. O que achamos estranho é que eles são bem espertinhos: anunciam o aluguel do Suns Pass (o "sem parar" deles), para instalar no carro, quando na verdade não é preciso. Esse Sun's Pass é um dispositivo que cobra automaticamente o pedágio, não sendo necessário parar o carro para pagar. Os carros alugados possuem o sistema "Toll by Plate", em que a própria placa do carro alugado é utilizada para cobrar o pedágio. Logo, alugar o Sun's Pass seria desnecessário. Mas não avisam isso no site! Também não quisemos a cadeirinha de criança, pois já tinha ouvido dizer que as deles são velhas e é difícil achar uma em boas condições na pilha de cadeirinhas em que eles te mandar procurar. Decidimos levar o booster da Laura na mala.

Contratamos também um seguro de viagem com a CORIS April, via o site www.assistentedeviagem.com.br. Foi recomendação de um amigo que realmente precisou de médico enquanto estava na Flórida e foi muito bem atendido, sem burocracias e rapidamente.

A data de chegada seria 25 de outubro. Nosso voo sairia de Brasília no dia 24 e iria para Atlanta, onde faríamos a burocracia do processo de entrada nos EUA. Fizemos os preparativos e o dia chegou.

A Laura estava super animada. Levamos seu carrinho de bebê, embora ela já estivesse bem grandinha, com seus quase 5 anos. Mas o carrinho era grande e confortável e ela ainda cabia. Saímos tranquilamente do Brasil por Brasília, por volta das 23 horas.

Laura dormindo no avião, já na decolagem

Chegamos a Atlanta por volta das 5, horário local. Passamos pela imigração tranquilamente. Vários voos chegaram no mesmo horário de diversas partes do mundo, ao que parecia. Havíamos esquecido de pegar o carrinho logo na saída do avião, o que atrasou um pouco nossa ida para o terminal de embarque. Mas tínhamos uma conexão com folga e não tivemos problemas. Pudemos ainda tomar o café da manhã no aeroporto e embarcamos pouco depois das 8h para Orlando.

No avião, já sobre solo americano

Chegamos a Orlando depois das 9h e fomos direto para a Álamo pegar o carro. Foi bem rápido, mas como sempre, queriam nos enfiar seguros desnecessários. O CDW/LDW o cartão de crédito já cobriria, caso recusássemos o da Álamo. Somente contratei o EP (extended protection), que é o seguro contra terceiros. Esse seguro também tem outros nomes, como LIS, SLI ou LP e meu cartão não cobria. Seguimos para o estacionamento e lá só nos indicaram onde ficavam os carros tipo Premium, quase no final do corredor. A Laura cismou que queria um carro vermelho que tinha visto, mas era compacto. Fez o maior drama e chegou a chorar! No estacionamento havia vários Chevrolet Impala e Ford Taurus. Entrei em alguns e verifiquei também o tamanho do porta-malas. O do Impala até parecia ligeiramente maior, mas o Taurus tinha câmera de ré e eu preferi, pois é um carro grande para os meus padrões e eu não queria nenhum acidente ao manobrar.

Ford Taurus

Eu já tinha preparado o GPS no meu celular antes. Utilizei a app do TomTom USA para Android e já tinha gravado diversos pontos de interesse, dentre eles o hotel, o aeroporto e os parques. Aliás, o TomTom USA é muito superior ao TomTom Brasil, com mais recursos e melhor localização de endereços e pontos de interesse. Já saímos direto do aeroporto numa boa e fomos para o hotel. No caminho tivemos que passar pelo pedágio e eu fiquei meio apreensivo se o Toll by Plate iria funcionar, pois eu não contratei o Sun's Pass. Passei pelo corredor maior, que é para veículos com Sun's Pass. Nenhum alarme disparou, então seguimos tranquilos!

Seguimos a International Drive até o Floridays, que fica no extremo sul, próximo ao Premium Outlet sul. O hotel é bem bonito e foi reformado recentemente. O estacionamento é grátis. Os apartamentos são muito espaçosos, bonitos e aparelhados. Pegamos um com dois quartos. Tinha uma banheira de hidromassagem imensa na suíte, outra banheira no banheiro social, uma cama king size na suíte, duas camas solteiro king no quarto da Laura, uma sala de estar conjugada com uma de jantar e uma cozinha, num ambiente bem espaçoso e confortável. Os móveis e utilidades domésticas eram meio antigos, mas tudo muito bem conservado. Tinha fogão, micro-ondas, cafeteira, torradeira, máquina de lavar, lava-louças, etc, etc. Gostamos muito!

Laura no quarto do hotel

Habilitei o celular no Cell Phone Outlet, da T-Mobile, O QUE NÃO RECOMENDO! O local é ao lado do Publix, perto do Premium Outlet da International Drive Sul. Os caras literalmente nos passaram para trás. Venderam um plano prometendo que o celular iria funcionar com 3G ilimitado. Disseram isso literalmente. Depois de uns dias com internet sempre em 2G, voltei para reclamar. Os pilantras mudaram totalmente o discurso, dizendo que não existia o pacote que tinham me vendido. Que o que eu tinha comprado era 2G. Meu inglês é muito bom e não foi problema de comunicação. Foi bandidagem mesmo. Recomendo comprar o chip pela internet. Há vários sites que vendem e entregam no Brasil. Daí é só habilitar depois. Picaretagem tem em toda parte!

Fizemos diversas compras pela internet, pela Amazon, para entregar no hotel. Funcionou direitinho, mas é preciso ficar de olho. As recepcionistas disseram que ligariam para avisar se tinha chegado mercadoria. Mas num dos dias eu esqueci de passar na recepção para verificar chegada de pacote e não me ligaram. No dia seguinte, queriam me cobrar pelo pernoite do pacote! Ridículo! Obviamente não paguei e ainda dei-lhes uma bronca. A partir daí eu passei a ligar toda noite para verificar. Esse esquema de comprar para mandar entregar no hotel é ótimo, pois poupa muito tempo. Eletrônicos, via de regra, serão mais baratos pela internet mesmo. O que fizemos foi assinar o Amazon Prime, que é gratuito no primeiro mês. Com isso, tínhamos entrega expressa (dois dias) gratuita. Depois da viagem cancelamos e não precisamos pagar a anuidade.

Dia 26/10: Magic Kingdom

De manhã passamos no Official Ticket Center comprar os ingressos para os parques. Compramos o pacote de duas semanas e múltiplas entradas para o Aquatica e o Seaworld, além de 4 tickets para os parques da Disney (quinto dia grátis). De lá fomos ao Magic Kingdom, pois achamos que a Laura ia gostar.

O estacionamento é no TTC (Ticket and Transportation Center), de onde partem os transportes para alguns dos parques. Chegar com GPS foi bem fácil. O estacionamento é caro e é pago na entrada: $15. Depois tem uns funcionários que indicam a vaga em que se deve estacionar. Um trenzinho leva as pessoas do estacionamento até a entrada do parque. Cada seção do estacionamento tem um nome de vilão ou herói.  O nosso era vilains Zurg. 

No trenzinho do estacionamento

Nosso ponto era o "Zurg", o inimigo do Buzz Lightyear

Dentre o monorail (monotrilho) e a ferryboat (barca), a Laura escolheu ir de ferryboat, já que nunca tinha viajado de barco. Gostou! Mas a Laura não estava em um bom dia. Ainda devia estar cansada da viagem, pois não estava muito animada com o passeio desse dia, de uma forma geral.

Chegando no ferryboat. O Magic Kingdom está no topo, à direita

Dentro da barca

Chegamos com fome e foi muito difícil achar um restaurante que não estivesse lotado e só aceitando  pessoas com reservas. Comemos cachorro quente fraquinho numa lanchonete. Mas com isso aprendemos que não é uma boa ideia chegar em um parque na hora do almoço!

Depois passamos em frente a uma atração do Stitch, na zona do futuro (Tomorrowland) no Magic Kingdom. Sugeri pra Laura e ela quis. Mas ficou meio apreensiva. Entramos numa sala em que, em umas tvs, a rainha e o comandante ficavam falando que éramos cadetes a serem treinados. Entramos numa outra sala com um robô bem grande no centro explicando que ali ficavam aliens perigosos de nível 1. Tinha dois tubos, um com um monstrinho que ficava se mexendo, bem realista, e outro vazio. Depois algo se teleportou pro vazio: outro monstro. Depois uns alertas de que algo nível 3 ia se teleportar e fomos pra outra sala com um tubo gigante no centro e cadeiras ao redor. Todos sentados e desce uma armação sobre os nossos ombros (pra rolar os efeitos sonoros, claro). Muitos efeitos especiais e o Stitch, bem grandão, é transportado pra lá, com um canhão mirando ele, como no desenho. Muito blá blá blá depois, ele quebra a contenção e as luzes se apagam. A Laura começou a chorar e tivemos que por a mão sobre ela e ficar conversando e rindo do que estava rolando, pra ver se se acalmava. Tinha a barulhada, como se o Stitch estivesse atrás da gente, cheiro ruim quando arrotou após roubar o cachorro quente de alguém, spray quando espirrou, etc. A Laura detestou tudo, pois ficou com medo!

Depois que saímos, a Laura ficou mais chata ainda do que já estava e queria ir embora. Resolvemos dar uma volta antes e ela viu a parada com personagens, mas não quis subir no meu ombro pra ver melhor. Preferiu ficar no carrinho. 

Tiramos fotos de frente do castelo. Depois que viu pipoca e compramos, com um baldinho do Mickey,  ela se acalmou. Vimos a casa do Pooh, onde tinha fila gigante pra sessão  fotos com o Pooh e o Tigger.





Pouco depois fomos embora: dessa vez a Laura escolher o monorail, o que foi bem legal. 




De lá fomos fazer umas compras em um centro comercial que tinha Ross e TJ Maxx. A Ross foi uma das lojas recomendadas por alguns colegas, como uma loja de "americanos" (não de turistas). Mas, pelo menos esta loja, era muito desorganizada, o que tornou muito difícil achar alguma coisa que nos interessasse. Preferimos a TJ Maxx, mais organizada e com produtos de melhor qualidade. Para homens é tudo mais fácil. Minhas camisas são M e calças 32x32. Para saber a numeração da calça, é preciso medir a cintura e também a parte interna da perna até o chão, como é indicado neste site. Pra mulheres tem muito mais variações. Tanto que a Junia só comprou um tênis! 

Fomos jantar umas 7 da noite. Íamos no Burguer King, no caminho pro hotel, mas mudamos de ideia e acabamos indo a um restaurante brasileiro, do outro da rua. Era um restaurante bem simples, mas a comida estava boa. 

Fomos pra casa e a Laura, exausta, dormiu no carro. Com o banho, ela acabou dormindo às 10h da noite. Como historinha de antes de dormir ela pediu pra contarmos a história da primeira visita dela ao Magic Kingdom. Um docinho!

Percebemos que a Laura não curtiu muito o Magic Kingdom. Mas ela estava cansada nesse dia. Iríamos voltar mais uma vez pra tirar a prova.

No dia seguinte não fomos aos parques. Visitamos algumas lojas, o outlet mais próximo e fizemos mais umas compras.


28/10: Seaworld

O Seaworld era bem pertinho no nosso hotel e chegamos lá cedo. A primeira coisa que fizemos foi fazer uma reserva num restaurante, tendo em vista o que aconteceu no Magic Kingdom. Reservamos o Sharks, em que se almoça vendo os tubarões em um aquário.

Em seguida fomos dar uma volta. A Laura queria ver os pinguins, por isso fomos até a área da Antártida.

Chegando na Antártida
Entrando no brinquedo dos pinguins
Lá havia um brinquedo em que se veriam os pinguins. Perguntei à Laura se queria e ficou animada. O brinquedo tinha duas filas: mild (passeio calminho, para crianças menores) e wild (versão agitada, para adultos). Escolhemos a mild, claro. Lá dentro sentávamos num carrinho que percorria umas salas, enquanto a história da vida de um pinguim aparecia nos telões. Havia muitos efeitos especiais, como vento, frio e ruídos, além do balanço do carrinho. A Laura ficou com muito medo, mesmo sendo a versão mais tranquila. A expectativa do que ia aparecer em seguida era muito pra ela. Chorou bastante! Tanto que, na saída, nem ligou para os pinguins! Tirei umas fotos assim mesmo, pra não perder a oportunidade. O frio dentro da "caverna" era de lascar, mas valeu à pena.

Pinguins

Laura chorando, não querendo saber mais de pinguins!

Depois disso fomos almoçar no Sharks. O restaurante tem um clima de jantar mesmo no horário de almoço, bem legal! O ambiente é um barato, com tubarões em um aquário que cobre toda a parede. O atendimento é ótimo e a comida também.





Ainda passeamos um pouco depois do almoço, vimos golfinhos e arraias e andamos de pedalinho no lago. Mas a Laura não quis ficar para ver nenhum show.



Poses no aquário Dolphin Cove

30/10: Aquática

Fomos ao Aquatica, ao lado do Seaworld. Chegamos por volta das 10:30 (abre às 10). Estava bem tranquilo. Alugamos um locker grande por $15 ($5 refundable). De cara passamos perto de um brinquedo que a Laura ingenuamente quis ir. Era o Wahnau Way. Foi com a Junia, na mesma boia, e saiu aos prantos. A Junia disse que até ela achou radical demais. Eu não estava com a câmera, que pena. A Laura disse que nunca mais iria naquele. Prometemos procurar um pra crianças e fomos atrás de um enorme parquinho com vários andares de escadas, canos e escorregadores, o Walkabout Waters.


Lolly no Walkabout Waters

Brincou até cansar

E com dois baldes gigantes que viravam água de tempos em tempos. Foi ótimo! Ela se divertiu demais. E até adultos podiam subir sem problemas. Ficamos ali por quase duas horas e depois fomos almoçar. Fomos no restaurante Banana Beach em que se paga 17 dólares por pessoa e se come à vontade o dia todo. Não tinha variedade,  mas tinha salada, pizza, cachorro quente, frango e carne.  E a bebida também estava incluída.  Foi legal. Depois a Laura quis ir pra casa. Mas antes tiramos mais umas fotos.

Aquário dos golfinhos

Na saída eu preenchi um questionário sobre o parque. Pelo quanto que a Lolly se divertiu, esse tinha sido o melhor parque até então. Passamos a tarde desenhando e colorindo no hotel.


Desenhos da Lolly

No dia seguinte saímos pra fazer compras mas já eram mais de 11h. A Laura vinha sentindo fome muito cedo, provavelmente pela diferença de horário. Fomos pra praça de alimentação do Outlet Premium da ID South, fraquíssima! Comemos e depois fomos numa loja de chocolate, onde eu e a Laura compramos smores no palito. Ela já conhecia smores de desenhos animados. Como tem chocolate, gostou muito. "Smore" uma corruptela de "some more" (algo como "quero mais"), um sanduíche de biscoito com recheio de chocolate e marshmellow.

Combinamos então que a Junia ficaria no Premium e eu e a Lolly passaríamos a tarde na piscina no hotel. Ela adorou a piscina e fez amizade com uma menina holandesa. Eu conversei um pouco com a mãe dela. A menina não falava inglês. Ela tinha 3 anos. Sua família estava viajando pelos EUA em férias. A menina se chamava Marge.

Laura e sua nova amiguinha holandesa

Comprei boias de braço pra Laura, que ainda não sabe nadar, mas ficou bem à vontade na piscina. Até nadou e flutuou em partes que não davam pé, junto com a amiga.

Pulando na piscina


01/11: Animal Kingdom

Acordamos mais cedo pra ir ao Animal Kingdom. Saímos do hotel pouco depois das 9h e fomos abastecer no caminho. O Taurus é bem econômico e ainda tinha quase meio tanque após uma semana. Paramos num posto Seven Eleven vazio e com várias bombas na Vineland Ave, aquela do outlet Premium. Estacionei e fui abrir o tanque. Não precisa de chave, mas achei estranho que não tinha tampa, só um anel com uma mensagem de tanque sem tampa. Era só inserir a mangueira.  Passei o cartão amex e pediu meu cep. Digitei mas o botão do número 3 não funcionava! Tentei o velho truque no 99999 no lugar no CEP, mas não aceitou. Então dei ré e fui pra outra bomba. Tentei o mesmo Amex, mas deu mensagem "see cashier". Passei um do Santander e aceitou os 5 primeiros dígitos do CEP como senha. Retirei a mangueira e apertei o botão do tipo de gasolina. O botão estava meio estragado e só funcionou depois de várias tentativas. Inseri a mangueira no tanque e botei a trava. Esperei até desativar sozinha e botei de volta a mangueira. Levamos pouco mais de 5 minutos, mesmo com os imprevistos.

Fomos então direto pro Animal Kingdom. Tranquilo de chegar. Estacionamos na área Dinosaurs 30-38  e pegamos o tram. Entramos no parque e só então fomos descobrir que cartão era de quem, pois não colocamos os nomes.

Estava bem cheio o parque. De cara fizemos reserva do restaurante no Guest Relations. Perguntei o que recomendavam para criança de 4 anos e tinha dois restaurantes: um na selva, entre animais robóticos, e um com os personagens da Disney. Marcamos às 11:55 no segundo, chamado Tusker House ou algo assim. Fomos na direção do restaurante, pois já eram 11h. Tiramos umas fotos e a Laura e a Junia estavam de má vontade :-\ No caminho, vimos uma árvore gigante (Tree of Life) e um rio com uma montanha com pico de neve ao fundo (da montanha russa Expedition Everest).

Tree of Life, no Animal Kingdom

Depois de passear fomos pro restaurante. Mostramos a reserva e ficamos aguardando na entrada até chamarem nosso nome. O Donald estava lá pra tirar fotos. Bem legal. Mas a Laura estava com medo e não quis. Eu tirei uma foto com ele pra ela ver que não tinha nada de mais, mas não rolou!

Fomos chamados e entramos. Era um buffet até razoável. Devia ser uns vinte e poucos dólares por pessoa. Tinha salmão, camarãozinho, salada, salsicha empanada, macarrão com queijo, frios, alguns tipos de arroz, etc. E sobremesas. A Laura comeu bem. O Goofy veio de mesa em mesa mas a Laura novamente teve medo. A Junia estava se servindo e eu tirei foto dele sozinho. Depois veio a Daisy e a Laura se animou mais, embora ainda tivesse medo. Tiramos fotos com a Daisy e o Mickey. Depois o Pateta voltou e tiramos mais. Foi legal.

Almoçando no Tusker House

Fomos então fazer o Kilimanjaro Safari, bem legal. Era em enormes caminhões,  bem altos, transformados em carros de safari. Vimos abutres, zebras, girafas, rinocerontes, uma cheetah dormindo, crocodilos, búfalos, elefantes, etc. Mas os leões estavam escondidos. A Laura curtiu bastante.

Safari

Depois fomos ao Conservation Expedition, um trenzinho que passa pelos "bastidores" das atrações e leva até a trilha da conservação. A viagem é rápida e meio boba. Lá levamos a Lolly pra fazer um jogo de encontrar os animais no jardim e marcar no livrinho. Ela adorou. Depois pegamos o trem de volta e fomos embora, pois a Laura reclamou do cansaço.

Em casa eu vi que algumas compras da Amazon haviam chegado. Dentre elas as Powerpuff Girls de pelúcia que a Junia comprou pra Lolly. Falei pra Lolly que ela tinha um pacote na recepção e ela ficou doidinha! Não parava de falar  no pacote e no que poderia ter dentro. Corria de um lado pro outro no elevador e foi o caminho todo pulando. De volta ao quarto, ela estava ansiosa para abrir os pacotes. Ajudamos ela a abrir seu pacote e o demos pra ela terminar de abrir. Ela abriu e, quando viu o que era, começou a gritar e pular,  histérica! Nunca tínhamos visto ela tão feliz com um presente. Estava em êxtase, vidrada e rindo muito. Ficava dizendo que tinha adorado. Ficamos felizes.

Ganhou as PPG

Desenhou as novas bonecas e escreveu umas coisas no papel, muito legal, pois embora sintaticamente errado estava muito bom foneticamente! Brincou bastante e teve dificuldade de dormir, pois ficava conversando com as bonecas debaixo da coberta.

Aliás, a Laura desenhou muito durante a viagem. Era um de seus passatempos nos dias de compras. E quando ela começa, desenha sem parar: foram dois cadernos praticamente inteiros.

No dia seguinte choveu e não fizemos muita coisa. E no próximo deixamos a Laura curtir a piscina do hotel.


04/11: Magic Kingdom de novo

Hoje fomos novamente ao Magic Kingdom. Estacionamos no TTC e pegamos o  monorail. Chegamos por volta das 10 e já estava bem cheio. Fomos direto reservar um restaurante pra almoçar. O Cristal Palace (almoço com as princesas) não tinha, pois precisa ser reservado com 3 meses de antecedência!! Acabei reservando o Plaza.

Fomos então andar no trenzinho que circula o parque. A Lolly viu uma lona de circo e disse que queria ver. Dissemos que iríamos mais tarde. Estava tendo show dos personagens no castelo. Filmei.  Daí fomos almoçar. O Plaza é pequeno e serve principalmente sanduíches. Eu comi um meatloaf, muito ruinzinho. A Lolly comeu frango com fritas. A Junia salada. Pedi sobremesa pra ela: New York Style Cheesecake.

Almoço no Plaza, Magic Kingdom

Depois do almoço fomos ver o tal do circo. Lá tinha uma atração "dumbo", que eram uns elefantinhos voadores que ficavam girando, como tem em qualquer parque de diversões. Mas ali, como era na Disney, a fila estava imensa! Interessante que a fila passava por um playground onde as crianças brincavam. Recebemos um pager.  Na nossa vez a Junia foi com a Lolly e eu saí pra tirar fotos. Mais de meia hora de fila para curtir 1,5 minuto!


Dumbo


Ali perto havia o trenzinho Casey Jr. e vários carros de circo jorrando água pra todo lado. Como fazer farra com água é com ela mesma, a Lolly adorou! Depois fomos embora e jantamos em casa.

Molhança com o Casey Jr., do Dumbo

06/11: Aquática de novo

Voltamos ao Aquatica. Pegamos um armário pra guardar as coisas e fomos direto pro Walkabout Waters, que é o que a Lolly mais gosta.

Escorregando no Walkabout Waters - Aquatica

Correndo no Walkabout Waters - Aquatica


Almoçamos no Banana Beach Cookout. Depois do almoço andamos de River Rapids. Na verdade, achamos que era o Lazy River, mas este estava em reforma. Só depois de entrar que percebemos a velocidade da correnteza! Demos umas 3 voltas antes de conseguir sair. A Lolly ficou com um pouco de medo, mas estávamos eu e a Junia segurando suas mãos, logo não tinha problema. Além do que, todos estávamos de colete. Depois a Lolly quis ficar no Walkabout Waters até a hora de ir embora.


07/11: Animal Kingdom de novo

Fomos ao Animal Kingdom novamente. Chegamos por volta das 9:45. Fizemos reserva no mesmo restaurante da outra vez: Tusker House. A Laura queria ver os dinossauros, portanto fomos direto para a Dinoland. Lá tinha um brinquedo parecido com o dumbo, mas com dinossauros. A Laura quis ir nele. Entramos na fila e foi rápido. Sentei na frente e tirei fotos da Laura e da Junia lá atrás. 


Andando de dinossauro voador

Depois fomos pro playground que simula um sítio arqueológico. A Laura adorou. Passamos um bom tempo lá. 





Depois fomos almoçar. No almoço tiramos fotos com o Pateta e o Mickey. Desta vez a Laura ficou mais à vontade com os personagens, rolou até um abraço no Mickey! Depois a Laura quis voltar ao playground. 




Por fim, fomos ver a parada. No caminho, a Laura quis que fizessem sua caricatura. 







Depois fomos ver a parada.



Nosso último jantar nos EUA foi no Red Lobster.




No dia seguinte voltamos pro Brasil. Foi meio corrido, pois deixamos o hotel com as malas antes do almoço e ainda tivemos que comprar uma mala pequena para caber tudo! Tinha mala até no banco da frente do Taurus. Entrei na direção errada em um dos pedágios, pois o GPS não deixou claro qual a pista pegar, e levamos quase meia hora a mais pra chegar ao aeroporto. 

Também, para variar, entrei no lugar errado para devolver o carro. Acabei entrando no estacionamento convencional. Expliquei à funcionária ao sair e nos deixou sair sem pagar. Daí fiz a volta e finalmente acertei a entrada para devolução do carro na Álamo. Um dos carregadores se ofereceu pra levar as malas e até fez o checkin pra nós no totem. Dei a ele $5 por mala e mais $10 de gorjeta.

A volta foi tranquila. Na alfândega só queriam saber se tínhamos trazido notebook ou iPad, o que não foi nosso caso. Nem perguntaram de outros eletrônicos.

Uma das malas veio rasgada, mas só vimos quando chegamos em casa. Os espertalhões colocaram o lado rasgado para baixo, para não percebermos. Liguei para a Delta e era tanta burocracia que até desisti de reclamar. Teríamos que voltar ao aeroporto, preencher formulários, etc. etc. A mala também era de qualidade ruim, não foi grande perda.

Por fim, a viagem foi bem legal. Gostamos muito do hotel Floridays e de Orlando. Gostamos também do Taurus que alugamos. O seguro de saúde que contratamos foi com a Coris e funcionou muito bem. Eu tive uma contusão muscular nas costas durante a viagem, de tanto por e tirar carrinho de bebê do carro ou de outro meio de transporte. Liguei para o seguro e em cerca de uma hora um médico veio até o hotel me examinar e me receitar uns remédios. Percebemos com isso que seguro de saúde é essencial!

Quanto aos parques, achamos o Magic Kingdom meio sem graça (a Laura também não curtiu muito). Talvez pela expectativa, pois a maioria da pessoas o indicaram como o predileto e mais encantador para crianças pequenas. Os melhores pra ela foram o Aquatica e o Animal Kingdom. Os parques são imensos, e, mesmo com mais de uma visita, como no caso do Animal Kingdom, não foi possível ver tudo.  Ás vezes nem metade  do parque ... :-) Sem falar que há atrações que não são apropriadas para a faixa etária da Laura ou que ela não quis ver, então ainda tem muito o que explorar. Mesmo no final de outubro e início de novembro os parques da Disney estavam muito cheios. Nem quero imaginar como ficam em época de férias!



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Escrevendo!

Bom, aos 4 anos de idade, depois de começar a ler diversas palavras por conta própria, a Laura nos surpreendeu, há poucos meses, ao começar a escrever, também por conta própria! Ultimamente vive escrevendo bilhetinhos pra gente!

Basicamente ela escreve o som que escuta. Como ela sempre gostou de assistir a material que fala de sons das letras (estilo Super Why), ela sabe direitinho os sons das letras, em inglês e português. Então, ao escrever, a gente vê ela soletrando os sons e desenhando as letras correspondentes. Um problema é que os fonemas no inglês são mais numerosos que o português, logo dá mais trabalho pra ela acertar a palavra.

Normalmente o que ela escreve é legível, se der pra decifrar a ordem de escrita. É que ela ainda não tem noção de organização da escrita. Se chega no fim do papel, ou às vezes mesmo no fim da linha, ela costuma saltar para o início do papel. Daí fica difícil saber onde começa e onde termina seu texto :-) Além do mais, ela costuma "assinar" o que escreve no início do papel.

Como ela ainda é muito nova e não tem obrigação nenhuma de saber ler ou escrever, não tentamos ensinar nada. Deixamos ela livre pra criar. Essas coisas acabam sendo uma diversão pra ela, justamente porque não criticamos nem tentamos ajudar, a não ser que ela peça ajuda. O que fazemos é estimular o interesse, expondo-a a mais material sempre que ela se interessa.

De qualquer forma, não posso deixar de dizer que estamos admirados! É óbvio que há crianças de 4 anos de idade que já leem e até escrevem, mas não é o mais comum e nem o esperado. Na escola da Laura, por exemplo, somente no ano que vem é que começarão para valer com a pré alfabetização. Ela é uma criança inteligente, mas bem compatível com seus colegas de mesma idade. Além da possibilidade de puro acaso, achamos que esse interesse e essa facilidade dela em relação a ler e escrever têm a ver com o bilinguismo.

Eu escrevi uma monografia sobre bilinguismo e seus benefícios para a cognição da criança e aprendi muito sobre o assunto. Além disso, como pais optantes pelo bilinguismo, já lemos uma infinidade de materiais científicos sobre o tema. Diversos autores frisam que há maior consciência metalinguística nas crianças bilíngues, que se traduz pela capacidade precoce em entender, de forma consciente, o que é a linguagem: noções intuitivas de letras, palavras, fonemas, etc.; que há várias línguas, cada qual com suas próprias regras; que a relação entre palavra e significado é mera convenção; etc. Sendo assim, já esperávamos que algum efeito aparecesse, mais cedo ou mais tarde, em algumas habilidades. Esse pode ser um dos aspectos que têm influenciado no desenvolvimento linguístico da Laura.

Outro aspecto pode ser a exposição a material que desperta o interesse precoce da Laura pela linguagem. Esses materiais são quase inexistentes em português para essa faixa etária, mas abundantes em inglês, outra vantagem do bilinguismo. Acabamos deixando que acesse diferentes mídias que tratam do assunto de forma lúdica. Desenhos animados, como "Super Why", canais do Youtube, como o "Have fun teaching" e "Hoopla Kids", apps do iPod e iPad, como "Fish School", "MeeGenius" (biblioteca de livros interativos), "Juno's Musical ABCs", "Super Why", etc. E os livros, é claro, que a Laura tem aos montes e que trata com o mesmo entusiasmo com que trata seus brinquedos favoritos.

Em suma, está sendo uma experiência muito gratificante acompanhar o desenvolvimento dela à luz do bilinguismo. E, até agora, essa aventura bilíngue só tem nos trazido benefícios e surpresas agradáveis.

A seguir eu escaneei alguns pedaços de papel da Laura em que ela, por conta própria, andou escrevendo:




Na imagem acima ela escreveu "Im rili med" (I'm really mad, ou Estou muito brava). Escreveu há umas semanas, quando ficou brava com a Junia, mas não lembramos o motivo. Também desenhou a si mesma e a mamãe naquela mesma folha (de cabeça pra baixo).


Acima ela escreveu "Dot laf - Not ulaod" (Don't laugh - not allowed ou Não riam - proibido). Escreveu essa "placa" quando rimos de alguma coisa que ela fez, por acharmos engraçadinho. Mas ela não gostou, correu pro quarto dizendo que ia fazer uma placa. Daí trouxe esse papel da imagem acima e frisou que era pra pararmos de rir. Tivemos que nos segurar pra não rir ainda mais, pois ela estava falando muito sério! Mas em respeito a ela não rimos :-)



Na imagem acima, ela ficou brava porque a mamãe estava ocupada e não pode brincar com ela naquele momento. Daí escreveu "Don't come to the living room. Because you were busy I'm really mad" (Não venha para a sala, porque você estava ocupada eu estou muito brava) e em letras maiores, depois que passou a raiva: "I love Daddy, I love Mommy, I love Luisa much better" (Eu amo o Papai, eu amo a Mamãe, eu amo a Luisa muito mais).


Não dá pra ver muito bem na imagem acima (tem que clicar pra aumentar), mas ela escreveu, de sua própria cabecinha, os nomes das Meninas Superpoderosas embaixo de cada uma: "Butcp" (Buttercup ou Docinho), "Blosom" (Blossom ou Florzinha) e "Bubboz" (Bubbles ou Lindinha).


No papel acima ela escreveu: "Yu cn cme in mi ru. I love u to. Lolly" (You can come in my room. I love you too. Lolly, ou Você pode entrar no meu quarto. Eu também te amo. Lolly)


E nesse acima ela escreveu: "Sori Im rili sede" (Sorry, I'm really sad ou Desculpe, estou muito triste)

Uma coisa engraçada que ocorreu recentemente tem a ver com o fato de a Laura ter sido sorteada como estrela da semana na escola. A cada semana uma criança é sorteada e, a cada dia dessa seman, ela realiza atividades em que precisa se expressar. Apesar de parecer chato, as crianças adoram, pois têm orgulho de falar de si e de suas famílias, mostrar fotos, etc. A Laura estava super ansiosa pra ser e ficou radiante ao ser escolhida. A Junia se sentou com ela pra preencher o questionário, e perguntou se ela queria escrever. Ela não só quis escrever as repostas, como também começou a ilustrá-las (era esperado que se ilustrasse a resposta com uma foto ou recorte). A Junia tentou ajudar no início, mas depois da segunda pergunta, parou de interferir: Laura estava toda determinada e feliz por estar fazendo sozinha :-) Seguem as folhas do questionário:



Até aqui tudo bem. Ela escreveu algumas palavras e fez os desenhos correspondentes.


Aqui começaram as perguntas mais subjetivas. Por exemplo, à pergunta  4, sobre o personagem favorito, ela escreveu: "Pawrepuf Groz", que realmente soa como "Powerpuff Girls"! Também escreveu "Becirdigus", que separando em "Bec-i-r-digus", também soa próximo de "Backyardigans" :-) Junto com as respostas ela desenhou as meninas e a Uniqua.

Na pergunta 5, o que quer ser quando crescer, ela escreveu: "Dentest and Roc enrol Star" (Dentist and Rock 'n' Roll Star". E desenhou os profissionais :-)

Na 6, como outras colegas da turma dela já fizeram também, escolheu ser um gato se pudesse ser um animal. E desenhou.


Na última página, na brincadeira favorita da questão 7, ela escreveu: "ranin from dedis camra" (Running from Dady's camera, ou correr da câmera do papai). É uma brincadeira em que eu corro atrás dela tentando tirar fotos e ela se esconde o tempo todo! Também nos desenhou.

Na questão 8, sobre o que a deixa feliz, escreveu: "Go to the pleygarod" (Go to the playground, ou ir ao parquinho). E na 9, sobre o que a deixa triste, escreveu: "That mai momi yal et mi" (That my Mommy yells at me, ou Que minha mãe grite comigo).

Finalmente, na última questão, sobre a viagem favorita, escreveu: Diznye (Disney).

É o nosso docinho!