segunda-feira, 30 de julho de 2012

De Volta à Praia do Forte

Ok, depois de uma experiência bem "mais ou menos" quando viajamos para o Iberostar Praia do Forte em 2010, voltamos lá nas férias deste ano. Foi meio por falta de opção, pois mesmo procurando pacotes em abril, já era tarde para achar outros destinos para julho.

Desta vez foi um pouco melhor, mas no hotel em si quase nada mudou. Acho que foi melhor porque a Laura está maiorzinha e curtiu mais. Assim, prestamos menos atenção ao serviço do hotel e mais na estrutura física, com muito espaço para as crianças explorarem.

Saímos de casa no dia quase duas horas antes do voo. Foi bom, pois o aeroporto estava cheio e demoramos bastante na fila. Apesar de ser uma quinta feira, havia muito tráfego aéreo. O voo atrasou uma hora. A Laura estava super ansiosa, pois ficamos quase meia hora dentro do avião antes de decolar. 

Ao chegar em Salvador, tivemos um stress. O transfer não era privativo. Era um micro-ônibus e foi com umas 15 pessoas. Até aí tudo bem, mas o problema é que não tinha a cadeirinha que a Junia tanto tinha insistido. Outra família também reclamou. Chegamos a ligar pra mais de uma pessoa um dia antes da viagem para confirmar que realmente haveria uma cadeirinha. E disseram por telefone que não precisávamos nos preocupar, pois com certeza haveria sim a cadeira no veículo.

A Junia ficou muito irada! Eu também, mas nem tanto e falei pra ela relaxar. Houve discussão. A moça do transfer foi tentar resolver e voltou dizendo que não tinham passado as instruções pra eles. Nessa hora a Junia explodiu e citou o nome das pessoas do receptivo de Salvador com quem confirmou que teriam a cadeirinha. Já não tinha muito argumento e a mulher pediu desculpas. Disse que tinha cinto de segurança nos bancos, etc. Obviamente, Murphy tratou de fazer com que no banco em que a Junia estava com a Laura não tivesse!!! Mudou de lugar. Foi um início bem chato! Depois relaxamos. 

Quanto ao transfer coletivo, teríamos que deixar o hotel 3 horas antes do voo, pois o carro passaria por vários hotéis. Achei uma droga! Ficamos de pensar melhor se cancelaríamos a volta e compraríamos um particular, dessa vez não da CVC, obviamente.

Chegamos ao hotel depois das quatro da tarde e a Laura estava super animada! Não parava de correr e adorou o quarto! Havia uma cama especialmente pra ela, o que a deixou bem empolgada.

Decidimos que falaríamos inglês durante toda a viagem, a não ser que interagíssemos com algum brasileiro. Para a Laura, tanto faz, pois com seus três aninhos ela já é fluente nas duas línguas e não mistura as bolas.

Cama da Laura
Primeira vez numa rede!

Fomos comer algo e passamos a tarde no Kids Club, onde a Laura adorou a piscininha do navio. Ficou lá até anoitecer. Algumas fotos:

Olha o bronzeado! E ainda nem pegou sol!
Brincando no Kids Club
Jantando
Comendo pipoca no teatro do hotel
Brincando no palco do teatro

No dia seguinte acordei umas 6 da manhã e corri 10km na praia, como fiz quase todos os dias. Foi ótimo!  Tomamos café e fomos pra praia. A Laura queria ir pro Kids Club. Convencemos a ir pra praia mas mudou de ideia no caminho. Foi chorando até a praia. Mas ao chegar, endoidou! 




Ela não queria entrar no mar, mas brincou demais na areia. Fiz um buraco que minava água e ela curtiu tanto que até deitou! Uma hora ela foi correr da água e caiu. Felizmente a onda era pequena. Mas quando rimos ela ficou brava e disse: it is not funny! (não tem graça) Fez amizade com crianças na praia muito facilmente!

Esse poço fez o maior sucesso!
Fazendo amizade
Com a mamãe
Com o papai
Pop and Mom


Fomos tomar ducha fria pra tirar areia e ela ficou reclamando do frio. Fomos pro Kid's. Tentou na piscina do navio, mas tava muvucado, e ela estava com medo do balde gigante que toda hora entornava um aguaceiro! No dia anterior estava mais calmo e fez a farra até de noite. Desta vez ficou inibida. Fomos pra piscina infantil.



No almoço comeu hamburger, que ela adora, como tudo que é de carne! As opções para criança no hotel eram normalmente junk food (salsicha, hamburguer, pizza...), mas, enfim, estávamos de férias, deixamos a Laura a vontade para comer o que quisesse, inclusive doces.

Ficou com muito sono após o almoço, mas acabou não querendo ir pro quarto. Fomos pra outra área de piscinas. Entramos com ela. Brincou de pular na piscina comigo e foi perdendo o medo. Foi ótimo! Voltamos pro kids. A confiança que ela acabara de ganhar na piscina grande ajudou: ficou independente demais e foi ao meio flutuando no macarrão! Brincou também no clube interno.

Voltamos pra piscina do navio. Ficou inibida com o balde, mas ao mesmo tempo fascinada! Foi ganhando confiança até subir na escada do barco e ganhar uma espirradinha de leve do balde. Mais tarde ficou contando a estória do balde toda hora!

Olha o balde!
Senta da no golfinho, mas tensa por causa do balde!


A Laura está super sociável. Tenta rapidamente puxar conversa com outras crianças de idade parecida.

Nos outros dias a rotina foi parecida. Mas a Laura evitou ir à praia. Na verdade, o que ocorre é que tinha muitas piscinas entre nosso quarto e a praia e ela rapidamente mudava de ideia e queria ir pra piscina. Deixávamos ela se divertir como quisesse.




Quanto à comida, o hotel tem uma infinidade de doces, embora quase todos tenham gosto parecido! E a Laura só queria saber de chocolate: bolo de chocolate, sorvete de chocolate, leite com chocolate, etc. Engraçado que os donuts com calda de chocolate ela não quis provar. Eu não sou muito fã mas gostei muito. Nossa pequena comeu demais nessa viagem! Ela já é um bom garfo, ainda mais quando tem os doces que ela mais gosta!


Ready, set...
...Go!

Em relação à linguagem, a Laura fala inglês tão direitinho e naturalmente que em várias ocasiões os pais de outras crianças acharam que ela fosse estrangeira. Foi bem bonitinho!

Uma das principais atrações para a Laura foi o balde do Kid's Club, que se enchia de água a cada minuto e despejava sobre as crianças com grande estrondo. Ela ficava super apreensiva, mas ao mesmo tempo queria sempre ver! 

Com o baldão desligado, teve coragem de subir no navio

Outra atração foi o teatro do hotel. No início da noite sempre tinha alguma programação infantil, principalmente com a participação das crianças. A Laura, como é de seu feitio, não queria participar. Mas dava pra perceber que, bem no fundo, ela queria estar lá com as outras crianças, pois queria assistir e ficar perto delas. Chegou a encenar uma das brincadeiras conosco quando o teatro estava vazio. Uma hora ela se solta!

No teatro

Num dos dias fomos ao Projeto Tamar, na Praia do Forte, e dessa vez a Laura curtiu mais. Da outra ela tinha menos de um ano e meio. Foi legal, mas para quem já foi uma vez, não tem muita graça. A diferença é que estava bem mais caro pra entrar. E os táxis do hotel para a Praia do Forte aumentaram 50% de preço em dois anos!

Entrada do Projeto Tamar
Não pode faltar a foto da tartarugona
No palco do Tamar
Maquete com tartaruguinhas
Vendo os tubarões
Vendo os tubarões
Voltando do Projeto Tamar


Enfim, a viagem foi bem legal porque a pequena curtiu muito. No mais, continuamos com as mesmas opiniões quanto ao hotel, mas não nos incomodamos muito dessa vez. Pela idade da Laura foi mais fácil, pois não precisamos mais de serviço de quarto, tendo em vista que ela ficou tão ligada nas opções de lazer que não dormiu de dia. E não fomos aos restaurantes temáticos, pois estávamos sempre mortos de cansaço quando a noite chegava.

Bye bye!

Esperando o avião

Os principais problemas que sentimos dessa vez foram a falta de opções de comida que não seja a do bufê, falta de opções de pratos mais saudáveis para crianças e o vinho vagabundíssimo (na verdade, são só duas opções horrorosas). Também incomoda a ausência de sucos e frutas típicas, embora talvez tenha melhorado um pouquinho neste último quesito. Mas os sucos artificiais continuam! Mas como a Laura adorou a viagem, dessa vez foi bem melhor!



terça-feira, 17 de julho de 2012

Kembra

Outro dia a Lolly estava brincando com blocos de montar. Ela queria empilhar tantos que não se sustentavam em pé, então ela continuou encaixando os blocos no chão, fazendo uma grande "torre" deitada.

De repente ela começou a explicar que aquilo era a sua "kembra". Seja lá o que for. Foi muito engraçadinho. De vez em quando ela faz isso, de inventar palavras. Mas desta vez ela continuou: "It's very good, warm and brave!... It's my kembra" ("É muito boa, calorosa e corajosa!... é minha kembra"). E a gente tentando segurar o riso e dando corda, para ver o que mais ela ia falar. Ela disse ainda com entusiasmo:"It's very big!" ("É bem grande!").

Joaninha cheia de imaginação

O Douglas perguntou: "Do your friends have kembras, too? Does Davi have one? Which color?" ("Seus amigos tem kembras também? O Davi tem uma? De que cor?") Lolly: "Yes, it's blue!... Mine is rainbow!" ("Sim, é azul [a do Davi]!... A minha é cor de arco-iris!" - ela tinha colocado blocos de todas as cores).

Neste ponto paramos para o almoço. A imaginação da Lolly tem rendido momentos muito gostosos ;-)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Barriguinha pós-parto

Durante 3 anos fui confundida com grávida.  De colegas menos chegados (aqueles que te encontram no corredor e perguntam se você está grávida de novo...) a estranhos. Perguntavam quantos meses, punham a mão na minha barriga!

Eu me orgulhava da minha barriga de grávida. Amava. E prezava muito o fato de não ter barriga antes da gravidez. Tentava ignorar estas confusões (não sem arranhões à minha autoestima), pois entrar em forma não era minha prioridade. Eu já havia optado por uma dedicação o mais exclusiva possível à Laurinha neste início, pois sei o quanto isso é importante.

Não que eu não estivesse fazendo atividade física. Até para dar conta da rotina com a Laura, eu voltei a particar exercícios 2 vezes por semana quando a Laurinha estava com 1 ano e meio. Comecei com pilates e depois mudei para power plate (o treino só durava 30 minutos. Perfeito). Mas a partir de março deste ano resolvi que iria dedicar uma hora por dia, pelo menos 3 dias por semana a recuperar minha forma. Isso siginificava basicamente perder a barriga.

Apelei para a musculação (que sempre detestei e nunca pratiquei antes) acompanhada de um pouquinho de aeróbica. Em 2 meses ganhei mais um quilo. Pânico. Não queria nem saber se estava ganhando músculo. Fui atrás de outra coisa que me orgulhava de nuca ter feito: dieta. Após uma tentativa infeliz com uma dieta de baixo índice glicêmico, descobri a dieta de South Beach. Recomendo. Esta dieta  mudou a minha forma de ver nutrição. Mas isto é outra história.

Com tudo isso, agora em julho ninguém me confundiria mais com uma grávida. Perdi 3 quilos e 4 cm na barriga.  Mas, aparentemente sem mais gordura a perder, continuava tendo uma barriguinha em torno do umbigo. Ainda não tinha atingido a meta de voltar a usar meus vestidos sem ficar com a barriga marcada.

Foi quando, quase que por acaso, o Douglas descobriu sobre diástase. Contou para colegas que eu estava fazendo dieta e elas se espantaram, pois sempre fui magra. Ele disse que eu estava incomodada com a barriga e elas disseram "Hum... será que ela não tem diástase?..". Em poucos minutos o Douglas já tinha pesquisado um pouco e mandado um livro para o meu celular: Loose your Mummy Tummy, da Julie Tupler.

Diástase ocorre quando o útero cresce e empurra o abdomen para frente. Após a gravidez, pode ocorrer  que o tecido que conecta os músculos retos abdominais, que é muito forçado durante a gravidez, não se recupera (ele como que se "esgarça") e sobra um espaço entre estes músculos. O resultado é que seu abdomen não segura mais os orgãos internos como antes e este é o motivo da barriguinha que aparentemente não se resolve com dieta ou exercício.

Eu que tinha começado a praticar abdominais (com o apoio de uma app para iPhone) há poucos dias, parei tudo. Fiz o autoexame explicado no livro e, na minha avaliação, estava com uma diástase de 4 dedos de distância. Descobri que vários tipos de exercício aumentavam a diástase, principalmente abdominais tradicionais.

Diástase - antes de depois do tratamento com a técnica Tupler

A solução tradicional para este tipo de problema é a cirurgia. Mas para minha sorte, o que o Douglas recebeu foi a indicação de uma técnica não invasiva. Uma reabilitação do músculo, chamada Técnica Tupler. E qual não foi a minha sorte: a única profissional certificada nesta técnica no Brasil, a Rafaela Rosa, atende aqui, em Brasília!

Minha consulta com a Rafaela foi ontem.  Adorei. Ela é especializada em saúde da mulher e também atua como doula. Ela faz uma série de trabalhos com mães, antes, durante e após o parto, não só o da técnica Tupler. Na avaliação dela, minha diástase está com 5 dedos, um pouco mais do que tinha identificado no autoexame. Outra novidade foi que estou com uma diástase profunda (pode ser superfecial, média ou profunda), o que significa que o tecido conectivo foi bem danificado e o tratamento pode levar um pouco mais que a média para fechar a diástase.

Na consulta ela também fez pequenas correções na forma como eu estava executando os exercícios (que comecei a praticar há 3 semanas, durante a leitura do livro) e me deu dicas preciosas de como executá-los de forma mais eficiente. Além disso, preciso usar uma faixa especial na região da barriga até a diástase fechar. Tenho acompanhamento a cada três semanas para avaliar o progresso e passar para exercícios mais avançados.
Livro, guia e faixa

Considero-me muito sortuda por ter descoberto tudo isto e espero que esta informação ajude outras mães. Mas lamento não ter tido este conhecimento antes da gravidez, pois certamente teria incluído os cuidados específicos com a musculatura do abdomen dentre os que tive. A técnica Tupler pode ser aplicada também preventivamente, antes e durante a gravidez.