quarta-feira, 4 de maio de 2011

Melhoras

Em linhas gerais, o primeiro gastropediatra que consultamos confirmou nossa avaliação (de problema comportamental) e passou um tratamento também parecido com o que haviamos visto na literatura. Na prática, corrigiu para mais a dose do remédio para facilitar o trânsito intestinal (Lactulona). Indicou um laxante (Minilax) mais adequado para as emergências (para ser aplicado a no 3o dia sem evacuar, para quebrar o ciclo vicioso). Aconselhou ainda a dar castanhas e mais água, além de colocá-la no vaso ou troninho regularmente, após as refeições principais, para aproveitar o reflexo gastrocólico para criar o hábito de evacuar.



Pegando carona no reflexo gastrocólico: livros e ipod pra relaxar

Embora tenhamos ficado meio resistentes a introduzir a prática de colocar no vaso, pois avaliamos que a Laurinha ainda não está pronta para o desfralde, seguimos todas as orientações e tivemos um bom resultado.  Outra coisa que ele recomendou e que não está muito alinhada com as orientações que usamos na criação da Laurinha é recompensar cada vez que ela evacuasse. Para não ter dúvida, seguimos tudo, inclusive isto.

Entretanto, na madrugada do dia 21/04 tivemos um susto. Passamos a noite em claro com a Laurinha reclamando da barriga. Levamos ao hospital e, pela ecografia, ela estava com muito gás e ainda muito cocô para ser evacuado. Ficamos meio preocupados com o quadro e acionamos o gastropediatra, que infelizmente não nos atendeu.

Como já tínhamos marcado uma consulta com outra gastropediatra, muito recomendada, aproveitamos a oportunidade para termos uma segunda opinião. E ficamos encantados com o atendimento da Dra. Lenora, que tem PHD na área, é professora na Unb, tendo sido inclusive professora do atual pediatra da Laurinha. Ela levantou todo o histórico da nossa pequena, desde o nascimento,  e também da nossa família, do ponto de vista gástrico. Ela abriu basicamente 2 possibilidades, sem fechar diagnóstico: alguma alergia alimentar que provoque a constipação ou a constipação de fundo comportamental. Como os indícios apontam mais para o comportamento (este quadro é comum em crianças inteligentes e perceptivas, que não querem repetir uma experiência negativa), a primeira coisa que faremos é uma avaliação com uma psicóloga especializada em comportamento relacionado com constipação (que a dra. Lenora nos indicou), para depois, se concluírmos que não há nada comportamental, investigarmos a hipótese de alergia, que é mais agressiva, pois implica em exames e restrições alimentares muito rigorosas.

Então, enquanto avaliamos a primeira hipótese, manteremos o tratamento que estamos fazendo inalterado.

Em resumo, as coisas estão sob controle. O evento do dia 21 foi só um susto mesmo. A Laurinha tem evacuado regularmente, embora sob medicação e com monitoramento e incentivo de nossa parte. E já agendamos com a psicóloga para avaliar a necessidade de um acompanhamento ou nos dar orientações sobre como proceder, se bastar fazer alterações na estratégia atual.

Particularmente, eu estou preocupada com a história da recompensa. O problema com sistema de recompensas é que ele ensina a criança a depender da aprovação alheia para se sentir bem consigo mesma, ao invés de ensiná-la autoconfiança. Vamos ver qual é a avaliação da psicóloga.

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