segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lolly in the box...

Hoje chegou a nova cadeirinha de alimentação da Laura, daquelas que são um assento a ser preso em uma cadeira comum, aumentando a altura da criança.



Nova cadeirinha da Lolly




Como sempre, ela ficou super interessada na caixa em que a cadeira veio embalada. Brincamos de basquete, jogando a bola para cair dentro da caixa. 


A caixa: mais legal que o conteúdo!

Depois brincamos de "jack in the box", em que ela entrava na caixa, fechava a tampa e depois pulava nos dando um susto :-) Tem até uma musiquinha que ela canta na escola e nos ensinou: "jack in the box, he's so still, will you come out? Yes I will!" E fazia a maior farra ao sair da caixa!

Brincando na sala
Depois eu fiz uns buracos pros olhos e braços da Lolly, pra ela "vestir" a caixa e ficar igual ao robô do livrinho "Birthday Box", que ela adora. Nessa de entrar e sair da caixa a toda hora, eu expliquei pra ela que não podia se apoiar na lateral, pois a caixa podia revirar e ela cairia no chão. Cheguei até a demonstrar. Não deu outra: alguns minutos depois ela sentou na beirada, revirou e bateu a cabeça na parede. Chorou bastante, mas foi mais pelo susto.  Bem, espero que tenha valido o aprendizado!

domingo, 18 de setembro de 2011

Subindo e descendo

A Laura está muito habilidosa fisicamente. Hoje fomos ao Parque da Cidade, no parquinho do castelo, e ela subiu sozinha nos escorregadores super altos que há lá. E mais, escorregou sozinha de todos! Mesmo aqueles mais verticais, em que até eu não me sinto à vontade de descer. Ficou um pouco receosa no incício, mas depois de descer a primeira vez não parou mais. 



Brincando após escorregar bastante

Aproveitamos para colocá-la numa árvore pra tirar umas fotos.


Na árvore com a mamãe

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Now I know my ABC’s



Não me lembro quando o Youtube entrou em nossas vidas como opção de lazer para a Laurinha, mas foi certamente antes que ela completasse um ano. Acredito que tenha sido esta também a sua porta de entrada para sua “febre” atual: ABC’s. Digo atual porque ela também já teve algo parecido com cores, formas e números.


Ela sempre gostou, como descrevemos em posts passados (neste e neste também) , de ver vídeos cujo tema fosse o alfabeto. De lá para cá, a lista de músicas e jogos com este motivo só aumentou. Não tomamos muito a iniciativa não, só seguimos seu interesse. Quando ela vê algo que tenha ABC no Youtube por exemplo, ela é capaz de seguir por muito tempo as sugestões do prórpio Youtube e continua assistindo outros vídeos com o mesmo tema. Hoje ela canta a música do ABC completa em inglês e português, além de algumas variações. Algumas das quais ela mesma cria!

Outro estímulo para ela é o fato de estar cercada de livros desde que nasceu. São como brinquedos especiais para ela. Quase diariamente ela nos chama para sentar com ela e "ler" alguns livros. Na verdade, ela é quem guia as leituras, escolhendo os livros e passando as páginas enquanto comenta cada uma, toda animada! Depois que terminamos, com vários livros espalhados pelo chão, dizemos a ela que é "pick up time" ou "clean up time" e ela os coloca de volta nos devidos lugares, com nossa ajuda.


Pouco depois que completou dois anos, lembro-me de um episódio em que ela disse algumas letras de uma embalagem de shampoo que tinha ganhado de presente de aniversário. Achei bonitinho, mas fiquei desconfiada da sua capacidade de soletrar.  Pouco tempo depois, demos um teclado velho só para ela brincar, achando que ela ia só batucar nas teclas já que adora apertar botões. Mas foi onde percebemos que já reconhecia mesmo algumas letras. 


De uns dois meses ou mais para cá, a Laura não pode ver uma palavra: seja minha camiseta, etiqueta de um brinquedo, letreiro de um prédio, que sai soletrando. Isso incluíndo o reconhecimento de maiúsculas e minúsculas. Além disso, já sabe que um conjunto de letras forma uma palavra, embora não saiba, claro, que palavra está soletrando. Ela também já sabe que cada letra representa um determinado som.


Chegamos até a achar que ela poderia estar aprendendo algo na escola, mas esta habilidade foi justamente uma das coisas que a sua professora comentou com admiração, em nossa última reunião de pais, demonstrando que não é o objetivo da escola neste momento.


Segundo o Child Development  tracker este tipo de reconhecimento do alfabeto (saber maiúsculas e minúsculas, saber que as letras representam sons, e que um conjunto de letras representam palavras) são habilidades esperadas entre 5 e 6 anos ?! Aqui acho que há um exagero, já que sabemos que o alfabeto já é ensinado em escolas já para crianças entre 3 e 4 anos. Mesmo assim, também estamos admirados com a nossa pequena “leitora”.

Brincando com joguinhos de letras no iPod ao voltar da escola


Além de sua preferência natural, atribuímos o desenvolvimento dessa hablidade ao fato de darmos apoio aos seus interesses, fornecendo material e interagindo, sempre, claro, respeitando sua vontade e ritmo. Assim, acho que acabamos criando condições para que ela alcance seu potencial. Pode até ser que isso seja indício de algum talento especial, mas isso só o tempo dirá.



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Vivendo, lendo e aprendendo

De vez em quando a Laurinha pede que a balancemos usando uma manta. Funciona assim: ela deita no meio e eu e o Douglas seguramos as extremidades. Ela adora!

Laurinha: 0, 6, 12, 18, 24 e 30 meses


Dias atrás, eis que estávamos as duas sozinhas e ela me pediu “Let’s swing in the cloth?”(Vamos balançar no pano?). Eu disse que não era possível, pois precisávamos de duas pessoas para segurar as extremidades. Ela não entendeu e continuou insistindo. Então eu peguei um de seus bonecos e pedi que ela segurasse uma extremidade da manta e então o balançamos. Adivinha o que ela falou depois da experiência: “Now Lolly!”! (Agora a Lolly!). Então eu perguntei: “Who’s gonna hold the other end?” (Quem vai segurar a outra ponta?) e ela: “Lolly!”. Não é uma graça?


Este é só um exemplo de como as crianças nesta faixa etária falham em fazer as conexões lógicas mais simples, as que consideramos totalmente óbvias. Por quê? Simplesmente porque ainda não atingiram maturidade intelectual para isso! Todo mundo acha casos como estes bonitinhos e compreende este tipo de limitação. 


Mas e quando a criança dá uma birra daquelas em público e nos torna alvo de todas as atenções? Não só não tem graça,  como às vezes reagimos de forma quase tão imatura quanto a criança, dando a nossa própria “birra”. Mas neste caso a criança também está se comportando assim por uma limitação: ela não é capaz de expressar sua frustração de forma aceitável... 


Crianças menores de 3 anos raramente se comportam mal.  3 anos é considerada a “idade da razão” (quando a criança começa a desenvolver o raciocínio lógico). Crianças nesta faixa etária simplesmente têm o comportamento inadequado em várias ocasiões (como nas situações acima), porque ainda não alcançaram maturidade intelectual, emocional, motora, etc. para ter determinadas habilidades que lhes permitiriam agir de outra forma. Elas também não tem a experiência no convívio familiar e social que lhes dariam condições de saber e entender qual é o comportamento socialmente aceitável. Além disso, elas tem, instintivamente uma curiosidade e vontade de experimentar que muitas vezes supera suas habilidades para fazer o que pretendem.

Esta é uma das coisas que aprendi nas minhas leituras: entender o que é esperado para cada faixa etária, que habilidades a criança já  tem ou o que possivelmente ainda lhe faltam, faz muita diferença na forma como você lida com cada situação. Neste aprendizado até o momento, ainda destaco algumas coisas que tem funcionado para nós:


Disciplinar nada tem a ver com punir. Tem haver com ensinar habilidades para que a criança desenvolva autocontrole, capacidade de cooperar e responsabilidade. Quando você pune uma criança você está oferecendo a ela uma oportunidade de se sentir má, injustiçada ou inadequada, mas não está ensinando nada a respeito do que ela deveria fazer para não cometer o mesmo erro no futuro. 


Cada criança nasce com um temperamento próprio e entendê-lo e aceitá-lo é importantíssimo para um relacionamento equilibrado e feliz com seu filho. Alguns temperamentos são mais fáceis de lidar, outros mais difíceis. Nosso papel é respeitar os limites e canalizar as vantagens e desvantagens de cada um da melhor maneira. Para uma leitura rápida sobre o assunto, recomendo o artigo The Origin of Personality



Ser firme não é ser autoritário, ou agressivo. Ser firme significa definir regras, informá-las ao seu filho e/ou definí-las em conjunto com ele e seguí-las. É ser consistente. Assim você está sendo respeitoso com o seu filho e também ensinando respeito. Naturalmente, nenhuma regra precisa ser seguida a qualquer custo. Ás vezes a situação pede alguma flexibilidade. E saber ceder ou negociar no momento certo, também ensina a criança a desenvolver estas habilidades por meio do seu exemplo.


Estudar faz diferença. Ler sobre educação infantil, sobre o que é esperado de acordo com o temperamento, a faixa etária... Não significa que com informação você vai passar a dominar todas as situações ou fazer tudo certo, mas a informação ajuda muito a direcionar melhor nossos esforços.  Também ajuda analisar os erros, aprender com eles e tomar decisões melhores no futuro. Estudar também facilita escolher um estilo de criação.  Fica mais fácil ser coerente e consistente na sua forma de agir e se relacionar com a criança quando você elege os princípios coesos que direcionam suas atitudes. Por outro lado, seguir uma literatura sem senso crítico e sensibilidade sobre o que é adequado para a sua família também não tem muito sentido, temos que buscar um equilíbrio entre intuição e conhecimento.


Respeitar o ritmo da criança. Cada criança alcança os marcos de desenvolvimento num ritmo próprio. É bom ter referências sobre o tempo esperado para cada marco, para estar atento a oportunidades de aprendizado ou possíveis problemas. Fora isso, comparar com outras crianças normalmente leva a uma visão distorcida da realidade para mais (achar que a criança está muito adiantada) ou para menos (achar que a criança está com algum atraso). Usar a comparação para inspirar a seu filho a se comportar bem então... provavelmente só vai reforçar nele o sentimento de que ele não atende suas expectativas. 


Não tomar decisões no calor da situação. No momento da raiva, perdemos a capacidade de raciocinar, é científico. Como é que esperamos tomar alguma atitude sensata em um momento destes? Assim, a primeira coisa a fazer num momento de crise é dar um tempo para a criança se acalmar e para que você mesmo se acalme. Depois, fica mais fácil discutir juntos o que aconteceu e buscar soluções. Mais uma vez você também estará sendo modelo para seu filho uma forma equilibrada de lidar com conflitos.


Bem, como tenho poucas oportunidades de postar, acabo querendo escrever tudo de uma vez só... e resumidamente.Talvez o post tenha ficado grande e um pouco vago. Para ajudar a clarear, fica a indicação de livros que já li. Acreditem: li todos enquanto esperava em filas, consultórios médicos, durante o lanche e ou por poucos minutos antes de dormir. A maioria em formato eletrônico usando Kindle, iPhone ou Netbook.

  1. Positive Discipline by Jane Nelsen (May 30, 2006) (Este tem tradução para o português - Disciplina Positiva)
  2. Positive Discipline: The First Three Years: From Infant to Toddler -Laying the Foundation for Raising a Capable, Confident Child (Positive Discipline Library) [ by Jane Nelsen Ed.D., Cheryl Erwin and Roslyn Ann Duffy];
  3. Positive Discipline for Preschoolers: For Their Early Years--Raising Children Who are Responsible, Respectful, and Resourceful (Positive Discipline Library) by Jane Nelsen Ed.D., Cheryl Erwin and Roslyn Ann Duffy (Mar 27, 2007)
  4. Positive Discipline A-Z, Revised and Expanded 2nd Edition: From Toddlers to Teens, 1001 Solutions to Everyday Parenting Problems by Jane Nelsen Ed.D., Lynn Lott, H. Stephen Glenn;
  5. The Discipline Book: Everything You Need to Know to Have a Better-Behaved Child-From Birth to Age Ten.by William Sears,MD and Martha Sears, RN; Volume 1;
  6. The No-Cry Discipline Solution: Gentle Ways to Encourage Good Behavior Without Whining, Tantrums, and Tears. by Elizabeth Pantley.
  7. The No-Cry Sleep Solution: Gentle Ways to Help Your Baby Sleep Through the Night - Elizabeth Pantley
  8. Nighttime Parenting: How to Get Your Baby and Child to Sleep -William Sears (Nov 1, 1999)
  9. Mindset: The New Psychology of Success - by Carol Dweck