domingo, 27 de março de 2016

Pessoinha de 6 meses

Acabei de acordar. E estou resfriada!

Uma semana antes de completar 6 meses, Isabella teve seu primeiro resfriado. Narizinho congestionado, chorou quando tentou mamar assim pela primeira vez. Em pouco tempo, adaptou-se ao desconforto e quase não chorava mais. Parava para tomar fôlego, às vezes reclamava (ela faz um barulhinho de quem não tá feliz) e continuava mamando. O mesmo aconteceu quando usamos o aspirador nasal: resistiu e chorou muito as primeiras vezes. Depois, embora ainda não seja algo que ela tolere sem reclamar, resiste bem menos. Esse episódio mostra um pouco da Isabella, que tem se mostrado um bebê adaptável em muitas situações.

Resuminho destes primeiros 6 meses:

Desenvolvimento


4 meses e 3 semanas: curiosa, mexedeira, quase sentando e doida para engatinhar

Isabela sorriu com 5 semanas. Deu gargalhadas com 2 meses. Rolou com 4 meses. Sentou com 4, quase 5 meses. Nesta época também vivia tentando se arrastar, o que aconteceu logo em seguida. Em pouco tempo, começou a engatinhar! Tudo antes de completar 6 meses! Ufa!...


Primeiro vídeo da Isabella engatinhando, início de março

Adora engatinhar embaixo da mesa!

Ainda com 4 meses e meio começou a demonstrar medo de estranhos, que é uma etapa do desenvolvimento emocional e cognitivo pela qual muitos bebês passam. É um mecanismo de defesa. Significa que ela já separa quem é ou não "da sua turma".

Também já sabe que ela é a "Isabella", olhando quando a chamamos pelo nome.

E mais outras coisinhas que só sei que já tem um tempo que ela faz, mas não lembro  quando começaram: trocar objetos de mão, balançar chocalho (ou qualquer coisa pra ver se faz barulho),  bater nas coisas com a mãozinha, passar a mão nos objetos e superfícies pra sentir a textura, jogar um objeto no chão n vezes, só pra ver a gente apanhar...

Outra coisa engraçadinha são os momentos "multitarefa", quando ela faz duas coisas ao mesmo tempo. Por exemplo, com uma mão coloca o mordedor na boca e com a outra pega um brinquedo e usa os dedinhos pra brincar.
"Multitarefa"

Ela atingiu todos estes marcos um tanto precocemente, de acordo com as tabelas de desenvolvimento. Mas isso não quer dizer muita coisa. As tabelas de desenvolvimento são uma média, mais uma referência para avaliar grandes desvios. Atingir marcos antes não significa, por exemplo que o bebê vai ser uma criança mais inteligente.  Mas ficamos meio tontos :-)

Levantando sozinha
A última novidade é que tivemos que abaixar o nível do cercadinho. A danadinha já está conseguindo levantar sozinha quando alcança algum apoio. Agora quando engatinha e chega perto da mesa ou do sofá, fica tentando achar algum apoio pra subir. E às vezes, depois que fica de pé, ainda fica levantando a perninha, procurando apoio para subir ainda mais!

"Test drive" no andador

Com isso até experimentamos um andador. Ela ficou toda satisfeita "correndo" atrás da Laura, mas ainda não tem muita coordenação com os passinhos.

Fase da dor nas costas...

Tem adorado ficar de pé e anda exercitando bastante andar pela casa e se levantar sozinha!


Usando copo de canudinho
Antes de terminar de escrever este post, experimentamos um copo com canudinho pra Isabella tomar água. Não é que ela se adaptou e parece gostar mais desse do que do modelo com bico de transição?


Personalidade

Isabella é bem humorada. Ri facilmente para as pessoas do seu convívio. Chora, como todo bebê. Mas, em geral, quando algo lhe incomoda, começa a reclamar e vai "escalando", até que a reclamação vira choro. Normalmente conseguimos atendê-la antes que isso aconteça.

É extremamente curiosa. Tem fascinação por caixas e gavetas. Adora nos ver abri-las e mostrar o que tem dentro. Sempre nota coisas novas no ambiente e nas pessoas.  E tenta por a mão (e a boca, se possível). Se alguém entra no ambiente em que ela está, captura sua atenção imediatamente, o que é um problema quando ela está mamando.

Delícia de sorriso!!!

Ela é muito alerta e se concentra por muito tempo nas coisas (considerando o que seria esperado para um bebê). Quando mostramos um livrinho, por exemplo, ela olha cada página, de cima abaixo, até parece que está "lendo" junto com a gente.  Se tem um objeto novo nas mãos às vezes para e fica olhando, cutucando, virando... como se "estudando" a novidade.

Isabela, o mordedor "Babyberry" e um controle remoto... de verdade...
Como todo bebê hoje em dia, tem fascinação por qualquer coisa que tem botões, tela, luzinhas ou som. Até compramos um mordedor em formato de celular.

Sono


Desde o nascimento, o sono da Isabella não mudou muito. Sonecas que variam de meia hora a 3 horas durante o dia, embora as sonecas mais curtas sejam as mais frequentes.  À noite mama algumas vezes, mas não chega a estar completamente acordada. Sequer abre o olho.

Começamos dormindo na nossa cama, mas a logística pra dormir comigo e o Douglas em segurança estava dando trabalho. Então optamos por um colchão de casal no chão, no quarto da Isabella, e eu me "mudei" pra lá à noite.  O problema é que este arranjo chamou a atenção da Laura, que não demorou a pedir para dormir comigo também! Depois de alguma adaptação (e conflitos) Laura é bem-vinda sexta ou sábado pra "noite das meninas".

Como já disse em outras oportunidades, dormindo com ela me canso menos e o meu sentimento é que isso está sendo, de fato, muito benéfico para o seu desenvolvimento emocional, cognitivo, para seu vínculo comigo e com outras pessoas da família. Além de ser uma delícia!!... Nunca pensei que ia antecipar com pesar o dia que ela quiser (ou tiver que) dormir sozinha...

Alimentação

A amamentação exclusiva da Isabella durou 5 meses. Mamilos feridos nas primeiras semanas. E por algum tempo a Isabella tinha preferência pelo peito direito e quase não mamava no esquerdo durante o dia (só dormindo). Estes foram os "problemas" que tive. Amo amamentar!!! Estou praticando amamentação livre demanda desde o primeiro dia, o que significa que fico atenta aos sinais da  Isabella e ela mama a hora que quer e o quanto quer, seja por fome ou necessidade de conforto.

"Experiência sensorial" com abóbora

Isabella é um bebê do lado magrinho dos percentis. Seu peso e altura são um pouco abaixo da média. Isso me deixou um pouco preocupada no início, até perceber que este era o seu padrão. Ter lido o livro "My Child Won't eat! (Meu filho não come!)", do pediatra Carlos González  também me deu tranquilidade.   Na consulta de 6 meses estava com 64,5 cm e 6,42 kg. E ótima saúde!



Como ela já demonstrava prontidão, decidimos com a pediatra por uma introdução aos sólidos mais lenta, assim que completou 5 meses. A ideia era familiarizá-la com alguns legumes. E ela respondeu muito bem. Já gosta de chuchu, cenoura, abóbora, mandioca. Não gostou muito de batata e beterraba.

Próxima etapa, já preparando pro meu retorno ao trabalho, é introdução de arroz, leguminosas, carne branca e frutas.

Família


No excelente livro The case for the only child (Defesa do filho único) a pesquisadora em psicologia social Susan Newman, coloca que mais um filho não necessariamente traz mais felicidade à família.  Ela apresenta um estudo bastante abrangente, avaliando a decisão pelo filho único sob muitas perspectivas. Realmente há muitas variáveis envolvidas. Amor, tempo, dinheiro compartilhados... só pra citar questões mais óbvias.

Só alegria!
Mas nossa experiência pessoal com a chegada da Isabella é a de estarmos vivendo o momento mais feliz de nossas vidas! Eu e o Douglas nos sentimos realizados. Laura felicíssima com a irmã. Avós babando mais que nunca... E a doce antecipação de que vamos reviver muitos momentos que já vivemos com a Laura!

Embora distantes, nestes tempos de blogs e redes sociais, a família acompanha novidades das meninas quase que diariamente. Publico de vez em quando no Facebook, onde tenho contato com vários primos. Os avós acompanham o dia-a-dia pelo G+.


Volta ao trabalho


Sim, este momento vai chegar. Minha licença maternidade já acabou e, juntando férias do ano passado e desse ano, fico ainda 40 dias além da licença afastada do trabalho. Retorno no final de abril.

Nara
Minha ideia inicial era ter uma empregada, além da Julienne (babá da Laura) que cuidaria das duas. Cheguei a fazer uma experiência, mas não deu certo. Logo vi que tenho duas filhas únicas. A rotina delas é muito diferente e, mesmo liberando Julienne do serviço doméstico, seria muito difícil conciliar as rotinas da Laura e Isabella. Sem falar no impacto para a Laura. Então optamos por contratar outra babá. Não foi fácil, mas graças a indicação da minha querida Regiane, encontramos uma ótima babá, a Nara. Ela está conosco desde outubro e fomos adaptando à Isabella com ela aos poucos.

A adaptação tem altos e baixos. Afinal, é natural que ela esteja muito apegada a mim. Além disso, à medida que cresce, ela vai ficando mais consciente, o que não facilita os momentos de separação... Mas, em geral, ela tem ficado bem com a Nara.

Hoje para mim, raciocínio de criação com apego, não há outra opção de cuidados para a minhas filhas. Pra Isabella ainda mais importante agora. O que ela mais precisa nesse momento é de dedicação exclusiva de um adulto com quem ela tenha familiaridade e afeto. Isso é o fundamental para seu desenvolvimento e segurança.

É o melhor que posso fazer, já que parar de trabalhar não seria opção. Mas mesmo sabendo que ela estará bem cuidada, não é fácil. Agora um pouco mais difícil, deixando duas em casa. :´(


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