sábado, 12 de novembro de 2011

Super Why

A Laura tem estado viciada em um desenho animado chamado SuperWhy. Trata-se de uma animação exibida no canal PBS Kids e patrocinada pelo ministério da educação dos EUA. O objetivo é ensinar alguns fundamentos de leitura da língua inglesa para crianças de 3 a 6 anos. O programa é exibido também no Discovery Kids Brasil.


SuperWhy and the Super Readers


Quando assistiu pela primeira vez, a Laura ficou encantada! Baixei então diversos episódios e durante um bom tempo ela só queria assistir ao SuperWhy! Mas é mesmo muito divertido e, ao mesmo tempo, muito educativo. Eles introduzem um problema a ser resolvido e depois entram em um livro de um conto de fadas específico onde irão mudar a história e procurar a resposta para aquele problema. Durante a aventura,  trabalham com letras, sílabas, mudando o sentido de frases ao trocar palavras, etc. É muito interativo e eles perguntam o tempo todo as respostas para as crianças. A Laura fica quase que num diálogo com o desenho, respondendo as perguntas que consegue.

Quando perguntam os sons das letras ela sempre acerta quando fala (às vezes ela não fala nada, só fica assistindo). Por exemplo, lembro de um episódio em que o Alpha Pig perguntou que vegetal começa com C e mostrou alguns, sem falar o nome. Ela rapidamente disse "corn!". Quando aparecem as superletters (letras que ajudarão a formar a palavra ou frase que é a solução do problema) ela sempre fala seus nomes. Quando a Princess Pea faz um som (ex: /d/, /g/) e pergunta ao expectador, a Laura acerta quase sempre! Quando o SuperWhy substitui as palavras para mudar o sentido da estória, ela fica olhando atentamente, como que tentando entender o que está rolando.
"Super Why" brincando no playgroud :-)
Há também algumas apps do SuperWhy para o iPod que a Laura ama! São três que achamos até agora:
  • Super Why, que segue a mesma linha do desenho animado, mas em que a criança deve responder as perguntas escolhendo com o dedo. A Laura gosta muito.
  • Super Why Paint, com vários desenhos do Super Why para a criança pintar ta tela do iPod. A Laura adora e fica pintando todos os desenhos com uma única cor, como de costume :-)
  • Super Why Alpha Boost, joguinho em que é preciso colher as letras que vão caindo. Ainda é meio difícil para ela.

Voltando a falar dos episódios, outro dia a Junia estava imitando um gatinho para a Lolly, pois estávamos assistindo a um episódio em que a Princess Pea ganhou um "brand new kitty" (novo gatinho). O engraçado foi que a Laura achou que isso era o nome do gato e ficava falando pra Junia "come here, bare kitty" ao invés de "brand new kitty". E quando a Junia ficou roçando nela, como fazem os gatinhos, a Lolly disse pra mim: "look, daddy, he loves me!"  :-)


Outra coisa engraçada é que ela diz ser o SuperWhy! Não está nem aí que ele seja menino :-) O negócio dela é ser o personagem principal dos desenhos. E ainda diz que a mamãe é a Red Riding Hood (chepeuzinho vermelho patinadora) e o papai é o Alpha Pig (porquinho que domina o alfabeto). E sua bonequinha, que é um bebezinho, a Laura diz que é a Princess Pea, com sua varinha de condão! A gente se diverte muito!

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Brincando de Casa da Vovó

A Laurinha gosta muito de uma cabaninha. Adora se enfiar debaixo das cobertas, dizendo "let's make a cave?". Daí invariavelmente finge ser um bebezinho ou um urso dentro da caverna :-)

Como sei desse seu gosto, decidi virar o pula-pula dela de cabeça pra baixo, formando uma casinha. Na verdade já tinha alguns dias que ele estava inflado na sala, mas com o tempo ela vai enjoando. O que costumamos fazer é esvaziar e guardar. Depois de algumas semanas, inflamos de novo e ela faz a festa. Dessa vez decidi apenas virá-lo de cabeça pra baixo pra ver a reação dela.

Pula-pula de cabeça pra baixo virou cabaninha

Obviamente ela adorou! Colocamos sua mesinha com as cadeirinhas dentro da casinha e também brinquedos e almofadas. Ela achou o máximo. Depois veio dizendo que era a casa da vovó! Disse que deveríamos sentar no sofá, pois ele era um avião que nos levaria até a casa da vovó. Então fizemos toda a encenação, entrando no avião, apertando o cinto (ela faz questão dos detalhes!), decolando e pousando. Ao chegar, tocamos a campainha e a vovó (a Laura) nos mandou entrar. Fizemos isso várias vezes e ela curtiu bastante.

Vovó Laura recebendo as visitas :-)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bilingues :)))

Eu e o Douglas compartilhamos uma fascinação: aprender idiomas. Certamente isto influenciou nossa escolha pelo bilinguismo.

Temos uma história muito parecida: por limitações financeiras, nunca tivemos oportunidade de ter educação formal em outro idioma. Até o a graduação, tivemos uma formação autodidata em inglês (e também alemão, no caso do Douglas) a partir de material doado, de biblioteca ou comprado em banca de revista. A opção por nos graduar em Computação intensificou a necessidade de dominar o inglês, pois praticamente toda a literatura que usamos na graduação, mestrado e profissionalmente  eram/são em inglês. Mas até iniciarmos nossa vida profissional, os esforços do aprendizado do inglês permaneceram autodidatas.

Depois de casados, resolvemos estudar outros idiomas, desta vez em cursos formais. Estudamos francês e italiano por dois anos.

Além deste gosto por idiomas, a idéia de viver em ambiente multilingue, como em países europeus, sempre nos encantou. Acabou sendo um caminho natural pensarmos em bilinguismo quando decidirmos ter um filho. E mesmo sem educação formal, inglês foi a nossa opção por ser o idioma que dominamos melhor.

Ao estudarmos sobre biliguismo vimos que não precisaríamos ter um inglês perfeito ou sermos nativos para proporcionar uma experiência bilingue para nossa filha. Na verdade, oferecer uma educação bilingue está ao alcance até mesmo de famílias monolingues. Recomendamos os livros que citamos aqui, para quem quiser saber mais. A abordagem de educação bilingue que escolhemos é o minority language at home. Assim, em casa só nos comunicamos em inglês entre nós e com a Laura. Fora de casa, falamos português. E oferecemos a ela todo tipo de material em inglês: vídeos, apps, jogos, livros, músicas, o que é reforçado pela escola.  Claro, ela também tem acesso ao mesmo tipo de material em português :)

Hoje, após quase 3 anos de experiência, estamos muito felizes com os resultados. Com um esforço que consideramos baixíssimo (falar inglês em casa), temos uma menininha que se expressa fluentemente em inglês e português, com um vocabulário até acima da média para sua idade.

Usamos este teste para avaliar o vocabulário atual da família e chegamos ao seguinte resultado:

Eu 9430 palavras
Douglas 12500 palavras
Laura 2560 palavras

Teste de vocabulário de inglês da Laurinha



Segundo as estatísticas usadas neste teste, o tamanho do vocabulário de um nativo na lingua inglesa varia entre 20 e 30 mil palavras. Para quem está aprendendo, o tamanho do vocabulário varia entre 2500 e 9 mil palavras.

Segundo o Child Development Tracker, o vocabulário para uma criança de 2,5 anos, é, em média, de 800 a 900 palavras. O de uma criança de 3 anos é de 1000 palavras ou mais, chegando a 3000 até completar 4 anos. Ou seja, a Laura já tem um vocabulário típico de uma criança de mais de 3 anos.

E dá pra notar isso na sua comunicação. Ela já forma frases bem completas, embora ainda simples. Alguns exemplos do que ela tem falado em casa:

- I want to watch Youtube!
I want to sit in Daddy's chair with Daddy!
I want to see the letters! (querendo assistir a clipes com o ABC do Youtube)
I want to go to Bibi's house! (quando cismou que queria ir à casa da coleguinha sem ser convidada)
Let's make a cave? (querendo fazer uma cabaninha com as cobertas)
Lolly can't go into the jumpo! Lolly has poo poo! (deixando sua vontade de subir no pula-pula de lado porque tinha cocô na fralda)
Daddy, would you please give me that pencil? (querendo o lápis que o papai estava utilizando)
Daddy, please bring me my purple towel! (ao pedir para sair da banheira)
I didn't finish this book! I want to keep it! (com o livrinho Galope, imitando o Austin no episódio Masked Retriever, que não quer devolver o livro da biblioteca)
The sticker is in the living room, Daddy told me! (chorando e falando comigo, porque o papai não queria deixar que ela colasse um adesivo no rosto por medo de irritar sua pele)
- No, I'm not dancing! I'm just swimming! (ao perguntarmos se ela estava dançando, pois fazia uns movimentos engraçados com os braços)
- No, mommy, I don't want to take a bath! I want to have nummies first! (dizendo que queria mamar antes de tomar banho).

Dá pra notar bem que a maioria são "eu quero" ou imperativos. Ela tem uma personalidade bem assertiva mesmo :-)

O que esperamos? Bem, hoje inglês é uma necessidade e poder proporcionar que a Laurinha domine o idioma sem nenhum esforço é um privilégio. Mas a educação bilingue é mais do que falar outro idioma. É viver uma experiência bastante rica, que abre horizontes para outras culturas e valores, além de contribuir para o desenvolvimento do cérebro. De quebra, aprimoramos o nosso próprio inglês e conhecimento da cultura inglesa.

Definitivamente, hoje somos entusiastas do biliguismo. É uma herança preciosa que nos orgulhamos de oferecer à nossa filha.

Nossa gatinha bilingue