quinta-feira, 7 de abril de 2011

Efeito dominó

A Laurinha tem uma ótima saúde. Nunca inflamou garganta, ouvido. Sua caixinha de remédios tinha basicamente paracetamol e Alivium. Nebulizador? Nunca comprei. Suas doenças nunca passaram de gripe ou alguma outra virose. A única coisa que teve fora do comum foi um episódio de urticária, que passou com alguns dias de anti-alérgico e não voltou a se repetir.

Mas, desde que entrou para a escola temos convivido com uma "novidade" atrás da outra. Ainda estamos falando basicamente de viroses. De fevereiro para cá, a Laurinha teve 2 gripes e uma virose (gastroenterite). Nada muito sério, ela faltou à aula uma única vez quando da primeira gripe. Graças a sua boa saúde, a recuperação é sempre rápida.

Contudo, o desarranjo intestinal que teve em consequência da gastroenterite deixou sequelas. Embora já tenhamos tido que lidar com um episódio de constipação em dezembro passado, o normal da Laurinha é ter o intestino bem reguladinho. Agora estamos convivendo com uma constipação crônica, há quase 1 mês. Ela chegou a ficar 7 dias sem fazer cocô.

Enfrentamos 2 dificuldades. Primeiro que o pediatra não ajuda. Ele acha que temos que esperar e que ela tem que voltar a ficar regulada naturalmente. Receitou apenas Tamarine (uma geleia fitoterápica laxante) que em poucos dias a Laurinha não queria ingerir mais voluntariamente. E que não foi muito eficaz.

A segunda dificuldade é o comportamento da Laurinha. Logo percebemos que ela estava segurando a vontade (o que acaba levando à constipação, em si). Aparentemente, por causa do desconforto que sentiu no primeiro episódio de intestino preso, ela evita a todo custo fazer cocô: se contorce, trava as pernas, se deita, até a vontade passar. E aí entramos num círculo vicioso, pois quanto mais segura, mas difícil fica.

Partimos então para a pesquisa. Encontrei um site muito bom que fala de todas as soluções para constipação de uma forma bem esclarecedora. Optamos por dar um regulador intestinal (um remédio que não é laxante, mas que facilita o trânsito intestinal ao favorecer o acúmulo de água nas fezes). E por turbinar a alimentação dela com líquidos e fibras, embora esta parte esteja sendo mais difícil por conta do seu apetite que não anda muito bom.

Também reservamos um laxante para as emergências. Chegamos a usar uma vez com sucesso. O problema é que quando precisamos usar pela segunda vez, não funcionou, talvez por ficarmos com receio de dar a dose recomendada. A gente fica meio inseguro de administrar o laxante, já que não foi a orientação do pediatra.

Pelo que pesquisamos, quando o componente comportamental é forte, a estratégia passa por medicação para fazê-la evacuar todos os dias, até que seja reeducada e não precise mais da medicação. Mas preferimos fazer isso com o acompanhamento de um especialista e nosso próximo passo será levá-la ao gastropediatra.

Para nós emocionalmente é desgastante. Acompanhamos seu sofrimento e temos que tomar todo o cuidado para não pressioná-la. Além de lidarmos com a frustração de que ela é muito nova para entender que prender é a pior opção. Já tentamos algumas explicações, mas aparentemente ela não entendeu...

A consulta com o especialista já é amanhã. Vamos ver qual o seu parecer, estou ansiosa.

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