O resultado foi ter as duas mãos enfaixadas, somente com as pontas dos dedos para fora. Foram prescritos para ela dez dias de curativo, ou seja, toda manhã temos que passar no hospital para que as enfermeiras limpem o local e substituam os curativos. Dor mesmo ela só deve ter sentido no primeiro e segundo dias, mas toda vez ela chora bastante já quando entramos no hospital, pois percebe que vai ter que passar pela sessão de tortura novamente. São uns 20 minutos de choro intenso, mas cinco minutos depois de sairmos da enfermaria ela já está brincando e cantando.
Ajuda também para consolar e para os momentos em que ela está indisposta para comer, o fato de estar mamando ainda.
Mãozinhas enfaixadas e nada de ficar quieta para mamãe arrumar o cabelinho!
No mais, temos tentado fazer com que sua rotina seja a mais próxima possível do normal. E ela passa o dia como se nada tivesse acontecido, o que é muito bom. Nem liga para as ataduras e consegue usar as mãos quase como se não tivessem nada. Claro, percebemos que ela está mais cuidadosa, mas chega até a se apoiras nas mãos para se levantar sem que sinta nada. O chato é que ela adora água, mas precisa ficar longe dela por um tempo. As ataduras não podem se molhar, então o banho acaba sendo bem sem graça para ela. Também tivemos que suspender a natação por enquanto.
Brincando em casa com o balão de luva de médico (presente das enfermeiras)
Não podemos deixar de dizer, também, que ficamos bastante chateados com o ocorrido. Mas é impressionante como isso é comum de acontecer e serve de alerta para os pais. Um pequeno descuido, nessa idade em que a criança aprendeu a andar, e um acidente pode acontecer. Jamais teria ocorrido em nossa própria casa, pois o forno é elétrico e fica suspenso, fora do alcance. E nunca íamos imaginar que fosse acontecer em outra casa.
Segundo a babá, assim que a empregada da vizinha abriu a porta da cozinha, a Laurinha correu para dentro e foi direto com as mãos no forno quente. De fato, não interessa como aconteceu, pois a responsabilidade é toda de quem estava com ela no momento. É total irresponsabilidade assumir que um lugar desconhecido seja seguro o suficiente para que uma criança dessa idade possa estar solta. E me recuso a acreditar que seja tão difícil impedir que um bebê de um ano e um mês entre correndo para dentro de uma cozinha e se queime, estando duas pessoas no local, uma delas sendo paga para fazer somente isso: cuidar da criança. Certamente estavam distraídas e só viram depois que o acidente ocorreu. Eu quis demitir a babá imediatamente, mas a Junia me vez pensar melhor, visto que ela tem um histórico bom e nunca ocorreu nenhum outro incidente desde que a Laurinha nasceu. Resolvemos passar por cima dessa vez, mas não deixamos de dar um sermão. E a proibimos de levar a Laurinha na casa de quem quer que seja sem nosso conhecimento.
O que nos deixa mais tranquilos é vê-la tão ativa e faceira como sempre, como neste vídeo a seguir:
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