As segundas-feiras nunca mais serão as mesmas. Estou de volta ao trabalho há pouco mais de um mês, e a cada início de semana ainda sinto ter que retomar uma rotina que, em parte, exclui a Laurinha. Os primeiros dias foram mais difíceis, sem dúvida, mas não sei quando vou me considerar totalmente adaptada. Sei que este dia ainda não chegou. Sinto tanta falta da Laurinha durante o expediente!
Da parte da Laurinha, segunda também é um dia em que ela fica mais enjoadinha. De acordo com a babá, isso é bem comum depois do fim de semana com os pais. Achei que a Laurinha não demoraria a se adaptar, pois, apesar de pequenas alterações no comportamento, sono e apetite na primeira semana, na semana seguinte, parecia tudo tranquilo: ela não chorava mais quando eu dizia "tchau" e passava o dia muito bem com a babá. No entanto, vira e mexe, aparece alguma mudança no comportamento dela. Nos últimos dias, por exemplo, quando estou em casa, a Laurinha procura o peito a todo momento!
Também não sei se posso atribuir as mudanças à minha ausência, afinal, bebês mudam muito rapidamente. Este comportamento também poderia ser explicado pela dentição, ou pela primeira febre (ela passou 2 dias com febre em torno dos 38 graus). Mas a febre passou, os dentes não apareceram e ela continua grudada comigo como nunca.
Uma preocupação que permanece é com o seu ganho de peso. Embora o ritmo de ganho tenha diminuído, ela continua ganhando mais do que deveria. E o mistério dos mistérios é que não há excessos em sua alimentação. Ela só toma leite materno, frutas, legumes, grãos, ovo e carnes. São dois lanches por dia em que ela come só fruta, almoço e jantar com papinha salgada em que ela come uns 140g, em média. Quanto ao leite materno, ela mama no peito quando quer, mas sempre muito pouquinho. E uma mamadeira (140 a 210ml) de leite materno antes de dormir.
O despertar noturno continua. Ultimamente não tenho feito nada para interferir. Por enquanto, estamos adaptando a nossa rotina e não a dela para atender da melhor forma possível suas necessidades.
Falando em necessidades, o grande desafio agora é diferenciar o que ela precisa do que ela quer, para colocar limites.
O Dr. Sears diz que no início é muito fácil: para um bebê, necessidade e vontade são a mesma coisa. Mas chega uma hora em que a distinção começa. É muito fácil, por exemplo, em questões de segurança: limitar o acesso a objetos ou situações que podem ser perigosos para a Laurinha, independente da vontade dela de colocar lixo na boca ;-)
No entanto, quando se trata de necessidade de aconchego, por exemplo é bem mais complicado. Devo dar o peito sempre que ela procurar? Como saber que ela está precisando mais deste contato agora, para se adaptar à separação? Mas como conciliar isso com o risco de ela ficar acima do peso?
Bom, viver a maternidade/paternidade é isso, né? A gente vai se informando, buscando respostas também no instinto, aos poucos vai descobrindo o que fazer... e, o melhor de tudo, aproveitando os momentos maravilhosos com a nossa menininha, cada dia mais esperta e bem humorada!